Com a chegada da covid-19 na Colômbia, houve muitas mudanças, especialmente nos padrões de trabalho devido aos altos níveis de contágio experimentados por dois anos no país. Após a implementação da vacinação e o sucesso que ela teve, conforme demonstrado pelo Ministério da Saúde, foi dada autorização para reativação econômica e isso significou que vários setores voltaram ao presencial.
Depois de seis meses em que faculdades, universidades, fábricas, entre outras, voltaram a adaptar-se à normalidade, a 19 de abril, o Congresso da República anunciou que voltará a 100% presencial, depois de dois anos em que os seus membros legislaram a partir das suas casas e em modo misto.
De acordo com o portal Confidencial Colômbia, que conversou com Gregorio Eljach Pacheco, secretário-geral do Senado, os senadores receberam uma situação em que foram avisados de que a sessão plenária de 19 de abril será realizada pessoalmente e nenhum dos funcionários receberá um link ou um virtual convocação, o que quer dizer que a partir de agora não haverá possibilidade de que eles trabalhem à distância.
“Por instruções do honorável presidente senador Juan Diego Gómez Jiménez, permita-me informar que a sessão plenária de amanhã, terça-feira, 19 de abril de 2022, será realizada pessoalmente”, lê-se na mensagem recebida pelos legisladores.
Após o anúncio, os congressistas terão que cumprir os protocolos de biossegurança que ainda estão em vigor por ordens estaduais, como: usar máscaras em locais fechados, lavar as mãos, distanciar-se; e no caso de apresentar sistemas notificar, realizar seu isolamento adequado e fazer o teste PCR.
Apesar de o senado voltar à normalidade, o que aconteceu com a covid-19, deixou a possibilidade de que em casos extremos em que uma situação semelhante ocorresse no futuro, o órgão de poder pudesse novamente buscar a opção de virtualidade ou modalidade mista de trabalho. No entanto, é importante mencionar que, por vários motivos, era importante que o Congresso voltasse ao presencial, já que nos dois anos em que a restrição foi mantida houve alguns episódios que levantaram críticas.
Por exemplo, em algumas sessões em que câmeras e microfones foram deixados abertos, episódios foram vistos da vida privada de funcionários que estavam infelizes com quem eles estavam se encontrando nas sessões. Além disso, as dificuldades de virtualidade em termos de segurança e tomada de decisão foram inicialmente questionadas. Também houve polêmica após a recusa de alguns senadores em renunciar às despesas de representação que receberam durante toda a pandemia.
Por outro lado, tendo sido priorizados na primeira fase da vacinação, pensava-se que eles seriam os primeiros a voltar ao presencial. Portanto, o setor de oposição fez na época uma demanda liderada por Gustavo Petro.
“Se o percentual de senadores vacinados for alto, as sessões já devem ser totalmente presenciais, não há motivo legal para realizar sessões virtuais ou presenciais. Então, a figura do percentual de congressistas vacinados, o que significa que cada senador reporta à administração se eles foram vacinados ou não, é fundamental para estabelecer a legitimidade das sessões virtuais ou mistas”, disse o atual candidato a presidente do Pacto Histórico.
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