Um dos principais pilares de Sergio Fajardo durante sua campanha para a presidência tem sido o combate à corrupção. Em várias ocasiões, o candidato da Coalizão Centro Esperanza afirmou que o clientelismo é um dos principais problemas quando se trata de política no país e, portanto, procurará chegar à Casa de Nariño de uma “maneira diferente e livre”.
Em meio a essa conjuntura, Fajardo foi um dos candidatos que criticou Gustavo Petro por assinar um documento perante um notário no qual ele se comprometeu não expropriar as terras dos colombianos. Ele também atacou Federico Gutiérrez, candidato da equipe para a Colômbia, que deu uma conferência de imprensa nos arredores deste centro prisional para referem-se ao termo “perdão social” e suas propostas sobre corrupção.
“Este é um dos dias mais absurdos no contexto da campanha eleitoral. 'Fico' vai e fica em frente à prisão de La Picota e faz um anúncio lá na mídia. Petro, como você pensa, tem que assinar em um cartório para dizer que não vai expropriar. Patético”, disse Fajardo à opinião pública.
Nas últimas horas, o candidato da Coalizão Centro Esperanza revelou que, em caso de imposição nas eleições presidenciais, em 8 de agosto, uma reforma da justiça será apresentada ao Congresso da República. Ele terá quatro pontos centrais e, com ele, buscará resolver os problemas de corrupção no país.
1. O Procurador-Geral da Nação será escolhido pelo Supremo Tribunal de Justiça com base em uma lista que será o resultado das três melhores pontuações em um concurso de mérito que será realizado pela faculdade de direito mais bem qualificada do país. “Os candidatos deverão ser especialistas em direito penal”, disse o ex-governador de Antioquia.
2. Seguindo os postulados de Juan Manuel Galán, ex-candidato presidencial ao Novo Liberalismo, Fajardo propôs que é necessário eliminar o Gabinete do Procurador-Geral da Nação: “As funções do Ministério Público serão assumidas pelo Gabinete do Provedor de Justiça e as de controle disciplinar por uma unidade especializada da Procuradoria Geral da Nação”.
3. Outra seção relevante é que a Controladoria-Geral da República será escolhida pelo Conselho de Estado a partir de uma lista “com as três melhores pontuações em um concurso de mérito que será realizado pela faculdade de direito mais bem avaliada do país”.
4. Finalmente, o prefeito de Medellín disse que é necessário eliminar os controladores territoriais. De acordo com sua proposta, o controle fiscal dos departamentos e municípios “será feito pela Controladoria Geral da República”.
“Sem cães de guarda independentes, não há luta real contra a corrupção. A corrupção permeou entidades essenciais para a transparência e garantias no país. É preciso ter uma administração verdadeiramente independente, imparcial e transparente da justiça e dos órgãos de fiscalização”, disse.
Fajardo estima que, com algumas dessas medidas, o Estado pode economizar cerca de 2,5 bilhões de pesos. Esses recursos podem ser alocados para outros setores relevantes para sua campanha, como educação.
Por enquanto, o candidato do Centro Esperança continuará a reunir apoio de vários setores políticos para o primeiro turno presidencial. O objetivo é reverter a tendência mostrada nas pesquisas até o momento.
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