A ex-deputada da oposição da Venezuela, Olivia Lozano, rejeitou as declarações do presidente argentino Alberto Fernández na segunda-feira, que disse que os problemas de direitos humanos do país caribenho “foram se dissipando ao longo do tempo”, uma declaração que o antichavista chamou de “irresponsável” e “ vergonhoso”.
“Enquanto o promotor Karim Khan anuncia a instalação de um escritório (do Procurador do Tribunal Penal Internacional) em Caracas para avançar as investigações sobre crimes contra a humanidade pelo regime opressivo de Maduro, o presidente Alberto Fernández faz esta declaração irresponsável e vergonhosa”, escreveu a ex-parlamentar em sua conta no Twitter.
O presidente argentino, que pediu aos países latino-americanos que revisassem seus laços com a Venezuela, disse que muitos dos problemas desta nação “foram se dissipando ao longo do tempo”, graças, em parte, ao trabalho da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e aos acordos alcançado dentro da estrutura do Grupo de Contato Internacional.
A este respeito, Lozano argumentou que estas declarações representam uma “dura afronta à memória das vítimas e famílias de um regime atroz como o de Maduro”, bem como um “desserviço à justiça, reparação, não repetição, respeito pelos direitos humanos, liberdade e democracia”.
“Não há alianças políticas ou filosóficas que possam justificar isso”, acrescentou o adversário.
Em 31 de março, o promotor do TPI, Karim Khan, disse em Caracas que o órgão que lidera abrirá um escritório na Venezuela para continuar sua investigação sobre o país, após um acordo alcançado com Nicolás Maduro, com quem se reuniu, em particular, durante aquela semana, em que viajou para a nação caribenha depois de ser convidado pelo regime.
(Com informações da EFE)
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