Deputado da República Dominicana solicitou nova nomeação do embaixador mexicano

O deputado Ricardo Polanco expressou sua posição sobre a nomeação do PRI Carlos Miguel Aysa González como embaixador mexicano na República Dominicana

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O deputado do Parlamento Centro-Americano (PARLACEN) da República Dominicana, Ricardo Polanco, pediu ao Governo de seu país que rejeite a nomeação de Carlos Miguel Aysa González como embaixador do México em território dominicano.

O empresário também compartilhou sua posição por meio de um documento no qual destacou: “Apoiamos o apelo feito pelos deputados federais do PRI, do México, para que a República Dominicana rejeite a aprovação que ele deve dar a esse homem”.

Essas declarações foram feitas em 18 de abril de 2022, dois dias depois de deputados do Partido Revolucionário Institucional (PRI) pediram ao Senado da República que negasse a nomeação do ex-governador do PRI do Campeche, Carlos Miguel Aysa González, como representante ultramarino da República Mexicana.

Polanco apelou aos seus colegas para que invertessem a proposta em questão. Deve-se notar que desde a semana passada a nomeação de Carlos Miguel foi adiada pelos legisladores mexicanos devido à resolução do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) sobre a reforma da eletricidade.

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Por isso, membros do partido tricolor aproveitaram a ocasião e decidiram fazer uma declaração na qual descreviam o político como “um personagem cooptado pelo governo do Movimento de Regeneração Morena (Morena) em troca de impunidade”. Eles também o acusaram de ter entregue o estado de Campeche à oposição e de apoiar a iniciativa de AMLO.

Além disso, convidaram os outros legisladores da aliança Va por México, composta pelo Revolucionário Institucional, o Partido da Ação Nacional (PAN) e o Partido da Revolução Democrática (PRD) a votarem contra a indicação de Aysa. Por outro lado, alegaram que o funcionário havia sido “congelado por Morena em comissões até que seu filho apoiasse a conta de luz”.

Essa afirmação se deve ao fato recente de que seu filho, Carlos Miguel Aysa Damas (deputado federal), informou por meio de sua conta no Facebook que apoiaria a reforma da eletricidade. O deputado argumentou sua decisão detalhando que ele faz isso pelo povo, porque ele está “convencido de que não podemos ser contra o desenvolvimento do México ou a vontade de milhões de mexicanos. Hoje, a sociedade nos exige e exige que os representantes populares não coloquem interesses de grupo, alianças eleitorais ou interesses pessoais em primeiro lugar”.

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Depois que Aysa Damas tornou conhecida sua posição, vários políticos correram contra ele e o chamaram de traidor por dar as costas ao seu próprio partido. Alejandro Moreno, presidente nacional do PRI, foi um dos primeiros a apontar isso e acusá-lo de ter endossado López Obrador para o cargo de embaixador que AMLO havia oferecido a seu pai.

Moreno disse: “A democracia dá oportunidades imerecidas a pessoas desleais. (...) Nem uma embaixada, nem subornos, nem chantagem serão suficientes para olhar de frente para a nação que ela traiu.”

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A senadora Panista Kenia López Rabadán também alertou que votará contra Aysa González por causa da falta de compromisso de Damas. Em sua conta no Twitter, ele ressaltou: “Deixe o congressista Aysa saber que votarei contra seu pai ser embaixador. Ele decidiu vender seu voto a favor do #LeyBartlett, em troca de dinheiro e poder vulgares.”

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As fissuras entre esses personagens com seu partido estão ficando cada vez maiores, inclusive, o deputado federal anunciou nesta segunda-feira, 18 de abril, sua demissão do tricolor e anunciou que se juntaria à bancada morenista para apoiar a iniciativa de Andrés Manuel que foi rejeitada este domingo em Congresso.

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