Verónika Mendoza: “Nem a castração química nem a pena de morte são as soluções”

A ex-candidata presidencial Verónika Mendoza falou sobre a proposta de Castillo de submeter estupradores à castração química.

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O novo partido político de Verónika Mendoza se manifestou após o caso da pequena Damaris, que foi sequestrada e estuprada por um sujeito na cidade de Chiclayo.

A política enfatizou que este caso reflete o que está registrado atualmente em várias cidades do Perú contra as mulheres, “atingindo níveis ultrajantes de desumanização” e, portanto, instou as autoridades a estabelecer “medidas drásticas” contra os agressores das crianças.

Por meio de suas redes sociais, Mendoza ressaltou que sanções mais altas são exigidas contra qualquer pessoa que mostre qualquer tipo de violência.

“Exigimos as mais altas sanções para esses crimes, prisão exemplar para os culpados, atendimento integral e apoio às vítimas e famílias, mas, acima de tudo, é necessário implementar de uma vez por todas políticas de prevenção da violência, com educação sexual abrangente”, disse o movimento em sua conta no Twitter.

A este respeito, o organizador político disse que o governo deve abordar questões de uma perspectiva de gênero, a fim de “acabar com os estereótipos e educar com igualdade”. Ele também exortou a mídia “a não fazer da violência um tema de espetáculo que ao mesmo tempo reforça a desigualdade e outras violências”.

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CONTRA A CASTRAÇÃO QUÍMICA

Seguindo a proposta de Pedro Castillo sobre castração química para estupradores, Verónika Mendoza garantiu que isso não seria o certo canal para encerrar esses casos, apesar de entender a indignação que nosso país está experimentando com a crescente onda de violência sexual em todos os gêneros e idades.

Entendemos a indignação, mas nem a castração química nem a pena de morte são soluções. Não há nenhuma evidência de sua eficiência. Pior ainda, os setores que o propõem hoje são os mesmos que bloqueiam os direitos das mulheres. Continuaremos a ser organizados lutando por nossas vidas”, dizia sua mensagem.

PEDRO CASTILLO

Após o caso da pequena Damaris, uma menina de três anos sequestrada e estuprada por Juan Antonio Enríquez García, em Chiclayo, o chefe de Estado, Pedro Castillo, anunciou que o governo avalia a castração química obrigatória para estupradores de menores, adolescentes e mulheres, além de ser realizada em outros países do mundo.

“Chega de tanta violência, crimes de violência sexual contra crianças não serão tolerados por este governo, nem ficarão impunes. A dor dessa família também é nossa, estou indignado com tanta crueldade”, disse o presidente em comunicado de imprensa emitido pela Presidência da República.

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“Esse fato atroz e desumano nos leva a uma enorme reflexão como país para adotar políticas públicas mais rígidas do Estado que salvaguardem os direitos humanos dos mais indefesos de nossos filhos, e a castração química é uma opção, não podemos esperar mais”, disse.

Nessa declaração, Castillo Terrones ressalta que a viabilidade dessa medida deve ser incluída no Código Penal e que a aprovação do Congresso da República será necessária para sua legalidade, como foi feito em países como Rússia, Estados Unidos ( sete estados), Polônia, Coréia do Sul, Indonésia e Moldávia, onde essas ações já estão sendo implementadas.

“Instamos o Congresso da República a apoiar medidas concretas em favor dos mais vulneráveis, porque não podemos continuar a tolerar esses atos violentos que prejudicam nossa integridade como sociedade e destroem a vida dos indefesos ele disse.

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