O dia em que Freddy Rincón teve que parar Tino Asprilla por se comportar mal na seleção colombiana

Luis Carlos Perea, outra referência da geração de futebolistas dos anos 90, revelou esta anedota junto com o 'Colosso de Buenaventura' no 'Tricolor'

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Neste sábado, o enterro de Freddy Rincón foi realizado no Cemitério Metropolitano do Sul, em Cali (Valle del Cauca). Em meio a canções de salsa, camisetas que usava e minutos de silêncio, seus entes queridos deram sua última despedida ao 'Colosso de Bonaventura', que já havia recebido uma homenagem em sua Buenaventura natal.

Antes do enterro, milhares de torcedores puderam comparecer ao Estádio Pascual Guerrero, onde o corpo do ídolo colombiano descansou entre as 10h e as 18h, para cantar para ele enquanto usava bandeiras e camisetas alusivas. Até a figura do 'Colosso de Buenaventura' reuniu as duas equipes da cidade (América e Deportivo Cali) no prelúdio do clássico Vallecaucano, que acontecerá neste domingo para a 16ª data da 2022-I BetPlay League.

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Em meio aos testemunhos de ex-companheiros de equipe, familiares e amigos, são conhecidas anedotas muito particulares sobre Rincón em seu tempo como jogador de futebol. Um deles foi lançado recentemente pelo ex-zagueiro Luis Carlos Perea, que compartilhou com Freddy como parte da geração de ouro da seleção colombiana, na década de 1990.

O 'Coroncoro', como era popularmente conhecido, viajou de Miami a Cali para assistir às cerimônias fúnebres em Rincón, e lá falou sobre o bom relacionamento que os dois tinham dentro do 'Tricolor': “Na Copa do Mundo de 90, nós 'morochos' montamos um salão de cabeleireiro. Lá nos dedicamos a motivar uns aos outros. Chegar agora nessas condições parte minha alma”, disse o ex-jogador em diálogo com o Noticias Caracol.

“Toda vez que ele marcou um gol, eu era o último a montar a pirâmide, eu era o mais pesado e eu montava o 'Colossus'. Ele me disse: 'morocho', por que você sobe em mim se você pesa muito. E eu disse a ele: 'por que você marca tantos gols'”, disse.

No entanto, Perea também contou uma vez que, junto com Freddy, eles tiveram que repreender Faustino Asprilla porque ele não estava se comportando bem na seleção colombiana: “Tivemos que enfrentar 'Tino' Asprilla. Foi em 93, antes de jogar pela Argentina. Acho que foi duas semanas antes. O 'Tino' estava lidando muito mal no grupo e decidimos dar a ele uma lição, uma lição”.

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Em relação a Asprilla, este foi um dos que foi muito afetado durante o funeral do 'Colossus'. Uma pessoa que estava lá registrou uma das palavras que o ex-jogador do Newcastle mencionou ao grupo com quem estava cercado. Ele se arrependeu do ocorrido, disse que chorou pelo ocorrido e até afirmou que a situação “virou porcaria”.

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Da mesma forma, o técnico colombiano Jorge Luis Pinto, que fez sua estreia profissional pelo Rincón em Santa Fé em 1986, disse durante a homenagem que Freddy “é um exemplo de vida para este país, um exemplo de transformação da humildade em grandeza”. E, além disso, lembrou que a disciplina era uma das virtudes que mais o caracterizavam.

Eu não tive um jogador que tenha a capacidade de trabalhar como Freddy Rincón, um homem de comércio, trabalho, dedicação (...) Ele era um jogador de futebol brincalhão, um daqueles que ninguém os impede. Doeu em nossas almas, para mim pessoalmente porque eu o vi crescer, eu o vi jogar e ganhar para o mundo”, concluiu.

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