O relatório das autoridades do município de Ciénaga (Magdalena), que afirma que cerca de 200 camponeses da aldeia La Secreta tiveram que fugir de suas casas devido aos constantes confrontos entre estruturas armadas ilegais que operam a Sierra Nevada, é preocupante.
Norma Vera, defensora dos direitos humanos, comentou o que aconteceu em Santa Marta: “Há dois dias, o Clã El Golfo e os grupos de autodefesa estão se enfrentando em um conflito de alta intensidade pelo controle da Sierra Nevada, rotas de tráfico de drogas, extorsão de cafeicultores, paramilitares e micro- tráfico e recrutamento.”
Sobre esta situação, o prefeito de Cienaga, Magdalena, Luis Tete Samper, disse:
Por sua vez, o alto funcionário da Zona Bananera, Guilmer Galindo, disse que duas mortes foram relatadas como resultado dos confrontos: “Estes são Franklin Caballero e o jovem Victor Mojica, que morreram nesses confrontos e que eles não têm nada a ver com esses grupos fora da lei”.
Outro dos defensores dos direitos humanos que falou foi Lerber Dimas, que mencionou na Blu Radio que, apesar do acompanhamento fornecido pelas autoridades, a ansiedade e a ansiedade ainda abundam no município: “Embora o Exército estivesse presente, a situação na área é de ansiedade. Um cenário que alertamos sobre a realidade que existe na Sierra Nevada e a verdade é que o paramilitarismo está ganhando cada vez mais terreno”.
Na zona rural do município de Ciénaga (Magdalena), há avisos sobre os combates que se autodenominam Forças de Autodefesa Gaitanistas da Colômbia, mais conhecidas como Clã do Golfo, e as Forças de Autodefesa Conquistadoras da Serra ou Los Pachenca, que têm lutado sobre o território desde o início da Semana Santa para continuar a cometer crimes com o tráfico de drogas.
A aldeia de La Secreta é a mais afetada, relataram no jornal El Heraldo, de Barranquilla, onde as hostilidades entre os dois grupos do narcotráfico se intensificaram, como resultado do qual várias famílias abandonaram suas casas e se mudaram para as áreas urbanas da cidade, e o município vizinho de Zona Bananera, bem como as cidades de Santa Marta e Barranquilla.
Enquanto isso, na estação de rádio Caracol, consultaram o antropólogo Lerber Dimas, analista do conflito naquela região do país, que explicou que os afetados não se reconhecem como deslocados, pois deixaram suas casas voluntariamente para evitar qualquer incidente no em meio aos confrontos entre as estruturas criminosas.
“Eles não relataram, nem vão. Eles não entendem que isso é deslocamento forçado. Para eles é grave, mas não implica que seja deslocamento porque ninguém lhes disse: -deixar esta área-, mas eles saíram por vontade própria porque viram risco e isso é deslocamento e mesmo que interpretem de forma diferente, o crime está acontecendo”, explicou na Rádio Caracol.
Ele acrescentou que esses dois grupos, que emergiram do extinto Auc, estão se reagrupando, o que levou à onda de violência naquela área do Caribe colombiano. “Ninguém está dizendo para eles saírem, mas não há garantias de segurança ou paz de espírito”, disse.
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