O advogado Gregorio Parco entrou com um habeas corpus corretivo solicitando a libertação imediata do ex-presidente Alberto Fujimori, que atualmente cumpre pena de 25 anos na prisão de Barbadillo por os massacres de Barrios Altos e La Cantuta.
O advogado solicita a libertação imediata do ex-presidente para que ele possa ser tratado na casa de um de seus parentes e “operado cirurgicamente com a máxima urgência”.
O documento detalha que Fujimori foi diagnosticado com fibrilação atrial, “em risco de parada cardíaca e, portanto, morte”. Ele também menciona que sofre de câncer de língua, taquicardia, hipertensão, gastrite hemorrágica e hérnia lombar.
O habeas corpus corretivo é um procedimento legal que prossegue em caso de atos ou omissões de violação dos direitos fundamentais de uma pessoa. Assim, a denúncia argumenta que o artigo 33, parágrafo 20, do Novo Código de Processo Constitucional teria sido violado. Isso estabelece que um habeas corpus deve ser declarado fundamentado diante de atos que ameacem ou violem “o direito do detido ou preso de não ser submetido a um tratamento irracional e proporcional, no que diz respeito à forma e condições em que ele cumpre a prisão mandado ou sentença”.
Recorde-se que Parco também foi quem apresentou o habeas corpus, que mais tarde foi declarado apropriado pelo Tribunal Constitucional, e que, em seguida, a Corte Interamericana de Direitos Humanos solicitou não cumprir.
RÉUS
Por outro lado, o processo é dirigido contra o diretor do Instituto Penitenciário Nacional (INPE), Omar Méndez; a presidente do Judiciário, Elvia Barrios; o presidente da República, Pedro Castillo; e a chefe do Congresso da República, María del Carmen Alva.
Gregorio Parco explicou que decidiu incluir o chefe de Estado e o presidente do parlamento no processo, porque apoiaram o decisão da Corte Interamericana sobre o pedido de medidas cautelares solicitadas pelas vítimas dos massacres de Barrios Altos e La Cantuta.
“Eles estão apoiando (a decisão do) Tribunal da Costa Rica não querendo aplicar o julgamento ganho (decisão do Tribunal Constitucional). O cavalheiro (Alberto Fujimori) deve ser libertado. Essa é uma demanda por habeas corpus corretivo, (porque) todo preso, quando doente, deve estar na clínica ou em casa. É uma demanda muito simples”, disse ao La República.
FUJIMORI É TRANSFERIDO PARA A CLÍNICA
No início da manhã de domingo, o ex-presidente Alberto Fujimori foi levado às pressas para o Hospital II Vitarte devido a fibrilação atrial e “problemas de oxigênio”, segundo seu advogado, Elio Riera. Lugo será transferido para a clínica Centenario para ser examinado por médicos especialistas.
O advogado destacou que “é uma condição grave” relacionada à fibrilação atrial de que sofre. Ele também lembrou que Fujimori tem um histórico de ataque cardíaco e outras doenças.
“Obviamente tinha que ser uma descompensação muito alta para que de madrugada ele pudesse ser transferido para um hospital no Estado. Na clínica esperamos ter um comentário mais especializado dos médicos no seu caso”, acrescentou.
Além disso, ele negou que a recaída de seu estado de saúde tenha qualquer conexão com a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte Interamericana de Direitos Humanos).
CONTINUE LENDO