Algumas semanas atrás, a revista financeira americana Forbes, divulgou seu ranking anual, onde lista as pessoas mais ricas do mundo. Nele, a Forbes anunciou que em todo o mundo havia 2.668 bilionários, ou seja, 87 a menos que 2021, quando 2.755 foram contados. Destes, 15 são mexicanos.
O ranking foi liderado pelo empresário de origem sul-africana, com nacionalidade americana Elon Musk, que tem fortuna de USD 219 mil milhões. Em segundo lugar no mundo, está o empresário Jeff Bezos, que é o fundador da Amazon e que tem uma fortuna de US $171 bilhões.
No México, esses dois cargos são ocupados por Carlos Slim Helú e pelo empresário Germán Larrea. Slim Helú, segundo a Forbes, atingiu uma fortuna de USD 81,2 bilhões, o que também o coloca na 13ª posição mundial, superando outros magnatas do mundo como Mark Zuckerberg, dono da Meta, empresa para a qual redes sociais como Facebook, WhatsApp e Instagram pertencer.
Slim conseguiu acumular sua fortuna de forma considerável, já que o magnata, no ranking de 2021, tinha uma fortuna de USD 55.930 milhões.
Germán Larrea Mota Velasco, por sua vez, é a segunda pessoa mais rica do país, lugar que ocupa há vários anos. Larrea é dono do conglomerado Grupo México, empresa que herdou de seu pai, e atualmente tem uma fortuna, segundo a Forbes, de USD 30.800 milhões.
Isso significa que, em comparação com um ano atrás, Larrea conseguiu aumentar sua fortuna, já que em 2021 ela tinha uma fortuna de USD 27.100 milhões. Larrea, com isso, aumentou sua fortuna em USD 3,7 bilhões.
O pai de Germán Larrea, Jorge Larrea, falecido em 1999, deixou ao filho uma base sólida para alcançar o que tem hoje. Larrea Ortega iniciou sua carreira como empresário no mandato de seis anos do ex-presidente Miguel Alemán Valdez, que foi presidente do país de 1946 a 1952. Foi durante esse período que ele iniciou sua própria empresa de construção chamada Construcciones Jorge Larrea, que mais tarde tomaria o nome Mexico Constructora Industrial, S.A. de C.V.
Mais tarde, Larrea Ortega conheceu o empresário ítalo-americano Bruno Pagliai, que na época era considerado o homem mais rico do nosso país, tornando-se sua frente jurídica em assuntos relacionados ao negócio de tubos em Veracruz, Tubos de Acero de México, S.A de C.V., conhecido como TAMSA.
Foi por meio dessa relação que Larrea Ortega se tornou acionista daquela empresa e iniciou sua ascensão no setor metalúrgico e siderúrgico. Naquela época, Pagliai presenteou Larrea Ortega com o que mais tarde se tornaria sua maior paixão: cavalos e equitação. O empresário ítalo-americano acabara de ordenar a construção do Hipódromo das Américas, a oeste da Cidade do México, por insistência dos presidentes Manuel Ávila Camacho e Alemán Valdés.
Em 1962, 12 líderes empresariais do México, incluindo Pagliai e Larrea Ortega, fundaram o Conselho Mexicano de Empresários, que historicamente incluiu as famílias mais ricas do México.
Em 1965, Larrea Ortega liderou um grupo de investidores na aquisição parcial de propriedades mexicanas da American Smelting and Refining Company e uma aquisição parcial da mina de cobre La Caridad, isso depois que as leis de mineração favoreceram empresas mexicanas.
Mais tarde, ele adicionou mais propriedades à mineração, construção, finanças e ferrovias ao seu grupo, enquanto se estendia da mineração e refino, ao fio e alguns outros produtos de cobre. Mas foi durante o mandato de seis anos do ex-presidente Carlos Salinas de Gortari, entre 1988 e 1994, que a riqueza de Larrea Ortega subiu dramaticamente, depois que a mineradora Cananea, que mais tarde se tornou o Grupo México, comprou, em 1988, as ações do governo da Quebrada Mina de La Caridad, a um preço excepcionalmente baixo de $680 milhões, e venceu a licitação para La Cananea, a maior empresa de cobre do México, pagando apenas $475 milhões, novamente bem abaixo do preço de mercado.
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