Alias la Negra, irmã de Otoniel apresenta defesa para não ser extraditada para os Estados Unidos

As autoridades do país norte-americano descrevem Nini Johana Úsuga como o braço direito de Otoniel no Clã do Golfo. Ela foi capturada três vezes

Efectivos de la Policía Nacional de Colombia escoltan a Nini Johana Úsuga, alias 'La Negra', hermana de 'Otoniel', máximo líder del grupo armado organizado Clan del Golfo, tras su detención en Sabaneta, Colombia, 18 de marzo, 2021. Policía Nacional de Colombia/via REUTERS ATENCIÓN EDITORES - ESTA IMAGEN FUE PROPORCIONADA POR UN TERCERO

No mesmo processo de extradição em que o Tribunal do Distrito Sul da Flórida (Estados Unidos) solicitou a extradição de Dairo Úsuga David, vulgo Otoniel, para o Supremo Tribunal de Justiça da Colômbia, o país norte-americano também buscou o mesmo destino para Nini Johana Úsuga, irmã do ex-chefe do Clã do Golfo, conhecido como La Negra.

O processo está no escritório do juiz Hugo Quintero, da Câmara Criminal, que analisa as evidências fornecidas pelos Estados Unidos, que qualifica La Negra como o braço direito do pseudônimo Otoniel. Cinco dias após a chegada do documento oficial, a Caracol Radio divulgou detalhes da defesa de Johana Úsuga para impedir sua extradição para os Estados Unidos.

De acordo com o meio de comunicação social, os advogados do pseudônimo 'La Negra' pediram ao Supremo Tribunal de Justiça que aceitasse como prova em áudio a audiência realizada em dezembro de 2013 no Quinto Tribunal Criminal de Medellín, que a condenou a 9 anos e 3 meses de prisão, quando lhe foi dito para cuidar das finanças do grupo criminoso liderado por seu irmão.

Sob esse fato, a defesa de Nini Johana Úsuga, indicou que a mulher não pode ser julgada duas vezes pelo mesmo crime. “Naquela época, ela foi condenada por crimes como concerto para cometer um crime agravado, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito de indivíduos, fuga de presos, falsidade material em documentos públicos, uso de documentos públicos falsos e fraude processual”, disse a Rádio Caracol.

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Diante desse argumento apresentado, a Corte considerou que os motivos da defesa não permitem a inclusão de tais provas no processo. É assim que se lê no documento da Câmara de Cassação Criminal conhecido pela estação:

Em 2012, foi a primeira vez que o apelido “La Negra” foi capturado pela Polícia Nacional. No meio das operações, as autoridades encontraram em sua casa as contas do Clã do Golfo e seis bilhões de pesos em dinheiro.

Um mês após sua primeira captura, a irmã de Otoniel conseguiu sair da prisão com uma cédula falsa, resultando na demissão do então diretor da prisão El Pedregal, em Medellín. No entanto, em janeiro de 2013, um mês após sua fuga, ela foi novamente capturada e mais tarde condenada a nove anos de prisão, mencionados acima.

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Em 27 de dezembro de 2020, a irmã de Otoniel foi libertada. O relatório do 29º Tribunal de Execução de Sentenças de Bogotá explica que Nini Johana Úsuga cumpriu toda a sua pena. No entanto, depois de ser libertada da prisão, as autoridades estabeleceram que a mulher continuava a lavar dinheiro do tráfico de drogas do Clã do Golfo. Por esse motivo, ela foi capturada pela terceira vez em Sabaneta, Antioquia, em março de 2021.

Finalmente, a Câmara de Cassação argumentou que “é claro que, para o processo que se avizinha, é absolutamente impertinente determinar o “interesse” ou “diligência” do Governo dos EUA na detenção de Nini Johana Úsuga David”. Por enquanto, ele pediu à Procuradoria-Geral da República e ao Dijín da Polícia Nacional para avançar com os processos que estão em vigor contra 'La Negra' na Colômbia.

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