Os confrontos e discussões decorrentes da votação da Reforma da Eletricidade no próximo domingo, 17 de abril, continuam a ser inflamados pelo curso que a produção de energia tomará no país em caso de sua aprovação.
E hoje em dia algo que nos deu o que falar é o recente posicionamento do deputado do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Carlos Miguel Aysa Damas, que disse que votaria pela Reforma.
A decisão, argumentou o jovem deputado, foi tomada integrando os doze pontos propostos pela bancada tricolor no projeto de reforma do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO). Antes de seu anúncio nas redes sociais, ele foi apontado como um “traidor” por membros da bancada de seu partido.
Da mesma forma, por jornalistas, analistas e membros de outros partidos, principalmente o Partido da Ação Nacional (PAN), com a mesma acusação. Eles indicaram que era uma troca: seu pai, o ex-governador de Sonora, Carlos Miguel Aysa González, foi nomeado embaixador da República Dominicana em troca do voto do filho.
E o fato é que a ratificação de Aysa González foi interrompida por uma breve declaração do Senado, onde foi dado o aviso de que a votação não ocorreria mais na terça-feira, 12, conforme indicado na agenda. Em vez disso, eles indicaram que isso seria feito “até novo aviso” sem especificar uma data específica.
Após essa polêmica e a oposição de senadores como o panista Kenya López Rabadán, que garantiu que não votaria nele, o Senado emitiu outra declaração justificando por que a audiência foi adiada.
O comunicado diz que o motivo do adiamento foi devido à possibilidade de que não haveria quorum suficiente para que a reunião acontecesse.
Isso ocorre porque vários legisladores estavam fora da Cidade do México para a Semana Santa.
Por esse motivo, as presidências das comissões de relações exteriores e a de relações exteriores da América Latina e do Caribe, “decidimos adiar a reunião para um momento posterior, com a certeza de que será dentro da sessão ordinária que termina em 28 de abril”, disseram.
Por fim, apontaram que “qualquer interpretação além dos fatos acima”, como as declarações sobre a decisão de Aysa Damas ser um suborno, “não corresponde à verdade”, afirmaram as presidências das comissões.
Sua nomeação foi declarada pelo presidente no início do ano, no entanto as discussões para que ela seja ratificada aconteceriam nesta terça-feira. E um dia antes da sessão para ratificação, essa sessão foi congelada, porque o comunicado foi feito em 11 de abril e recebido no dia seguinte.
A sessão foi adiada pelo senador do Movimento Nacional de Regeneração (Morena), Hector Vasconcelos, que preside a Comissão de Relações Exteriores.
E se isso não bastasse, através de sua conta no Facebook, o MP do PRI apontou a criação de perfis falsos no Twitter nos quais postagens de apoio ao AMLO foram compartilhadas ou em que ele compara com Luis Donaldo Colosio.
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