Andrés Manuel López Obrador (AMLO), presidente do México, respondeu com firmeza às críticas do escritor e jornalista Francisco Martín Moreno por suas recentes declarações após os resultados da revogação do Mandato.
O jornalista disse, com alguns gráficos dos dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), que “Quanto mais analfabetismo, mais votos para Morena”.
Moreno teve uma resposta rápida do presidente, que publicou um estudo recente onde está classificado entre os presidentes mais aceitos do mundo , e chamado de “classista” para o escritor.
“O classista de Martín Moreno diz que só os analfabetos do país me apoiam, o que, aliás, me enche de orgulho porque, entre outras coisas, educação não é o mesmo que cultura”.
Moreno é reconhecido como um dos mais fortes críticos das políticas econômicas, políticas e sociais de Andrés Manuel, a Quarta Transformação e o Movimento Nacional de Regeneração (Morena).
Em sua própria biografia no site oficial, onde alertou que “escreve livremente, sem compromissos abertos ou ocultos com qualquer protagonista da vida política nacional”.
Ele acrescentou: “Ele é conhecido pelo radicalismo de seus escritos, onde registra seus pontos de vista irritados sem que ninguém possa acusá-lo de pertencer a qualquer setor, grupo ou partido que limitaria severamente seus espaços de expressão”.
Francisco Martín Moreno nasceu em 4 de abril de 1946 no então Distrito Federal, no centro do México. Sua preparação acadêmica foi desenvolvida na Escola Alemã Alexander Von Humboldt.
Durante grande parte de sua vida, ele se dedicou ao mundo da escrita, como criador de livros e jornalista especializado no romance histórico. Alguns o identificam perfeitamente com sua estreia, México Negro, em 1986.
Desde então, além das milhares de colunas que afirma ter escrito para vários meios de comunicação nacionais e internacionais, escreveu mais 22 livros. Entre os mais reconhecidos estão As Cicatrizes do Vento, Arrebatamentos Carnais, O Naufrágio do México, entre outros.
Entre os reconhecimentos mais importantes que o mexicano recebeu, o Louro de Ouro pela Excelência Literária foi destacado por seu livro The Wind Scars in Spain, e no México ele foi nomeado o Prêmio Nacional de Jornalismo em 1994, 1995, 1996, 1997 e 1998.
Esta não é a primeira vez que explode contra a Quarta Transformação. Por exemplo, em abril de 2019, em entrevista ao jornalista Jorge Ramos, garantiu que é um homem populista, no contexto de que não conseguiria vender o avião presidencial.
E em outro contexto, ele garantiu que sua liderança está errada porque as massas reagem por emoções, não por reações, isso quando comentam suas consultas populares.
Também não se esquece quando, através de uma entrevista, expressou que “se eu pudesse voltar ao tempo da inquisição, eu enforcaria, não, queimei cada um dos morenistas vivos no zócalo da capital”, o que causou a indignação das redes sociais.
Nessa mesma troca de ideias com os jornalistas Pedro Ferriz de Con, garantiu que quem votasse na de Morena nas eleições intercalares seria um traidor do país.
“Isso me deixa demais, semeia ódio e vou fazer um comentário com pouca profundidade sobre esse assunto. Sem olho por olho, dente por dente porque éramos todos caolho e dentuços. É amor e paz. Eu sei que os conservadores estão chateados porque estamos transformando o México. Eles esquecem o princípio essencial do humanismo, o amor ao próximo”, respondeu o presidente do México naquela ocasião.
Além disso, em 2017, Moreno escreveu em uma coluna para o El Universal que “ele não votaria em López Obrador porque tentaria governar com receitas retiradas da lata de lixo da história das doutrinas econômicas que provaram amplamente sua expiração e ineficiência”.
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