Yalitza Aparicio é uma atriz que conquistou a simpatia do público não só por seu carisma, mas por seu talento e algo que a protagonista de Roma destacou em mais de uma ocasião é nada mais e nada menos que orgulho em sua cultura.
Embora a ativista, natural de Tlaxiaco, Oaxaca, tenha sido discriminada em várias ocasiões durante sua carreira por causa de seu local de origem, ela constantemente se posiciona fortemente para se defender daqueles que tentam denegri-lo.
Desta vez, por meio de seu canal no YouTube, a indicada ao Oscar em 2019, ela surpreendeu com uma receita espetacular para preparar tlayudas e abaixo contamos a vocês tudo o que você precisa saber para fazer uma iguaria como essa.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que o tlayuda é uma requintada omelete gigante cheia de sabores e texturas, é um dos muitos tesouros que as culturas pré-hispânicas deixaram o país. É um alimento representativo do estado de Oaxaca que surpreende o paladar de qualquer pessoa. Pode ser consumido como sope, quesadilla ou taco, pois seu tamanho grande permite que o provador acomode e prove o prato à sua maneira.
Yalitza compartilhou no audiovisual todo o processo que fez na companhia de seus entes queridos para preparar o prato e com seu senso de humor característico, contou algumas anedotas sobre isso.
“É uma coisa muito típica em Oaxaca que, enquanto o encarregado de enfiar o quesillo, come um pouco, então você sempre tem que ter o suficiente”, disse.
-Carne de sua escolha (ela usou enchilada e chouriço)
-Queijo fresco
-Salsa (a atriz preparou em molcajete)
-Coronel
-Quesillo, que também é conhecido em outras regiões do país como queijo oaxaca
-Feijões
-Chapulinas
-Aguacate
-Papalo, Pipichi ou Guaje
A atriz de Roma mencionou que este é um prato versátil, pois dependendo de cada região os ingredientes e formas de cozinhar podem variar.
Da mesma forma, no vídeo você pode vê-lo triturando o quesillo, depois Yalitza cozinhou a carne e preparou a omelete com um pouco de manteiga. Em seguida, ele colocou o feijão, o quesillo e a carne. Finalmente, o artista dobrou a tortilha gigante ao meio.
“Para começar, era o número um: assar a carne, dois: o molho, três: pique o repolho, desfie o queijo, frite o feijão, mas tudo isso pode ser feito junto”, disse.
Deve-se notar que a história do tlayuda remonta aos tempos pré-colombianos, algo que pode ser visto pelo nome, já que a mesma fonte aponta que o nome vem da palavra nahuatl tlao-li que significa “milho descascado” e é complementada pelo sufixo uda , que denota “abundância”.
A vida da sociedade mexicana não seria a mesma sem a criatividade dos povos nativos, porque graças ao seu conhecimento e intuição, eles conseguiram nos herdar inúmeros guisados com milho, como tamales, tortilhas, pozole e, claro, tlayuda.
Por isso, o milho sempre foi um sustento muito importante na comida mexicana, uma cultura que teve relevância econômica, social, cultural e sobretudo religiosa, pois estava associada a deuses pré-hispânicos como Cintéotl, Iztauhquicintéotl, Cozauhquicintéotl, entre outros.
CONTINUE LENDO