Um juiz criminal municipal em Sucre emitiu uma medida de seguro prisional contra Jairo Eduardo Julio Monterroza, pela morte de uma menina com menos de 8 anos de idade. O homem foi acusado dos crimes de feminicídio agravado e atos sexuais violentos, que foram aceitos.
Os fatos investigados pela Procuradoria-Geral da República teriam ocorrido em 25 de janeiro, no bairro Costa Azul, no município de Santiago de Tolú (Sucre). Funcionários do CTI encontraram o corpo sem vida da menina de 8 anos no pátio da casa de 29 anos de Monterroza. O corpo da criança apresentava sinais de abuso sexual.
No Boletim emitido pelo órgão de instrução, foi possível apurar que a menor desapareceu no dia 24 de janeiro à tarde, quando foi vista pela última vez brincando na casa do réu hoje. No dia seguinte, ela foi encontrada às 8 da manhã no mesmo lugar. A captura do homem ocorreu em 8 de abril em Medellín por funcionários da Polícia Nacional.
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A operação de busca do homem foi realizada por meio de georreferenciamento. Entre o material probatório apresentado ao tribunal, foi possível estabelecer que o sangue da vítima foi encontrado no suéter de Julio Monterroza e vestígios do DNA do réu foram encontrados no corpo do jovem, “chaves para a acusação determinar sua suposta responsabilidade pelo crime”, o estados de comunicação oficial.
Deve-se notar que o grupo de investigadores do Ministério Público contou com todos os tipos de técnicas forenses; por exemplo, agrupamento de DNA, amostras de sangue e tecnologia que permitiram a localização subsequente do suposto assassino.
Após sua prisão, soube-se que Jairo Eduardo Julio Monterroza tentou se enforcar na cela, por isso teve que ser levado ao Hospital Universitário Sincelejo para ser tratado e analisado por um psiquiatra.
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De acordo com o Observatório Feminino Colômbia, 55 casos de assassinatos contra mulheres foram registrados até agora em 2022. O Observatório registrou 619 casos ao longo de 2021. Cinco deles se apresentaram no departamento de Sucre.
Nos últimos doze meses nesta parte do país, três feminicídios ocorreram no município de San Onofre; um em Tolú, um em Sincelejo, um em Sampués e outro em San Pedro, para um total de cinco casos.
O Diretor Seccional do Ministério Público em Sucre, Fernando Salgado Juris, informou que nesta seção do país, o esclarecimento de todos os casos de feminicídio registrados durante 2021 foi alcançado. “Graças ao trabalho coordenado com a Polícia Judiciária, o Ministério Público ganhou duas condenações pelo assassinato de mulheres, uma de 31 anos de prisão e outra por 23 anos, sendo o primeiro exemplar e o máximo permitido pelo Direito Penal colombiano”, disse Salgado Juris.
O diretor da Fundación Feminicidios Colombia, Yamile Roncancio, disse em 6 de janeiro em entrevista ao El Pais que “na Colômbia foi normalizado a morte de mulheres. Não há reação, mesmo quando se trata de feminicídios de meninas. Diante dessas notícias, as pessoas ainda são normais. Quando uma mulher é morta, nada acontece”
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