A Ouvidoria instou as autoridades a darem informações claras sobre a operação militar em Putumayo

O Provedor de Justiça reitera a importância de avançar na investigação para a controversa operação em Puerto Leguizamo

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Em comunicado nesta quarta-feira, 13 de abril, o ouvidor Carlos Camargo garantiu que, desde 29 de março, a Ouvidoria está presente no município de Puerto Leguizamo (Putumayo) com missões humanitárias, após a operação realizada na aldeia Alto Remanso, pelo Exército Nacional.

O funcionário ressaltou que essas missões foram fortalecidas desde 1º de abril, graças ao trabalho de funcionários do Departamento Nacional de Atenção e Tratamento de Reclamações da entidade.

Em sua declaração, o Gabinete do Provedor de Justiça salientou que “é imperativo que o Gabinete do Procurador-Geral da Nação, no exercício de seu poder preferencial, e o Gabinete do Procurador-Geral da Nação realizem uma investigação completa, rápida e ex officio com a devida diligência para obter informações claras sobre o que aconteceu.”

Sobre a condução da operação realizada em 28 de março, o Provedor de Justiça alerta para a obrigação de respeitar as regras do Direito Internacional Humanitário (DIH) no que diz respeito aos princípios de precaução, distinção e proporcionalidade, “as autoridades acima mencionadas são chamadas a buscar a verdade sobre o desenvolvimento da operação militar na aldeia de El Alto Remanso em Puerto Leguizamo”.

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Deve-se notar que essa mesma entidade confirmou a morte de civis durante a operação militar, “é essencial determinar se, além das vítimas já identificadas, existem outras vítimas. Isso porque algumas pessoas da comunidade dizem que houve quem caiu no rio ou tentou fugir do risco pulando nele”, disse Carlos Camargo.

Além disso, o Gabinete do Provedor de Justiça constatou que durante os confrontos houve danos a bens civis essenciais à comunidade, e que há um medo generalizado de represálias por parte de grupos armados que estão presentes na área.

“Reiteramos a importância da implementação rigorosa do DIH. E também aproveitamos esta oportunidade para apelar enfaticamente aos grupos armados ilegais que respeitem o princípio da distinção que proíbe o envolvimento de civis em confrontos armados, escondendo-os ou usando-os como escudo”, acrescentou o Provedor de Justiça.

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Finalmente, vale ressaltar que, para o Gabinete do Provedor de Justiça, o objetivo dos alertas precoces é “prevenção humanitária fundamentalmente abrangente, para proteger e prevenir a eventual ocorrência de violações dos direitos humanos da população civil, e suas recomendações não se baseiam. exclusivamente na abordagem de segurança. parte das forças de segurança.

“É por isso que exigimos que as autoridades nacionais e territoriais tomem todas as medidas para atender adequadamente às necessidades da comunidade e protegê-la dos riscos observados”, exortou Carlos Camargo.

Entre outras coisas, o oficial indicou que “as operações teriam começado com militares do Exército vestindo uniformes diferentes dos camuflados, onze pessoas foram mortas em troca de tiros”, disse o defensor Camargo.

Desde o dia do anúncio oficial, o Exército colombiano tem sustentado que “a operação militar realizada foi legal, legítima e cumpriu todos os protocolos e diretrizes estipulados na doutrina militar para o desenvolvimento de ações ofensivas contra estruturas criminosas, salvaguardando os seres humanos direitos e cumprimento das disposições do Direito Internacional Humanitário”.

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