Por meio da estratégia “Vivifique você”, a Unidade de Vítimas convocou mulheres afetadas pela violência sexual de Huila para uma reunião para compartilhar conhecimentos, experiências e preocupações por meio de um dia de assistência social.
Essa medida faz parte de um conjunto de metodologias com abordagem diferencial do Departamento de Reparação da Unidade de Vítimas. Entre seus objetivos está fortalecer a autonomia e o empoderamento das mulheres, de modo a reforçar a reconstrução de suas vidas, após sobreviverem ao crime.
Durante a atividade que ocorreu na tarde desta quarta-feira, 13 de abril, a diretora territorial da Unidade de Vítimas, Yhina Paola Lombana, ressaltou que, “os participantes tiveram a oportunidade de se divertir enquanto flutuavam que ganhou fortaleza. Estamos motivando e capacitando essas mulheres para superar seus efeitos e contribuindo para o fortalecimento de seus projetos de vida”, acrescentou.
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A reunião foi realizada no Centro Regional de Atendimento à Vítima (CRAV) em Neiva, onde cada mulher teve a oportunidade de explicar sua situação, incluindo o impacto emocional da violência.
O funcionário público enfatizou que, “para eles, foi significativo conhecer aqueles que tiveram o mesmo evento vitimizador, então eles foram facilitados a compartilhar como lidaram com a dor ao longo de sua recuperação e, entre outras coisas, como tem sido seu processo de resiliência, que em alguns casos eles não tinha identificado.”
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Huila e a implementação da estratégia 'Huila cresce sem medo ou violência', 237 casos de violência contra mulheres foram relatados no departamento até agora este ano. Enquanto em 2021 houve mais de 3.800 incidentes de violência doméstica.
De acordo com Claudia Marcela Maya Perdomo, chefe do Escritório de Mulheres, Crianças, Adolescentes e Assuntos Sociais do Governo da Huíla, o departamento vem desenvolvendo várias estratégias com dias de treinamento para mulheres identificarem relacionamentos violentos.
Outro ponto que o programa “Vivificarte” busca resgatar é desenvolver ações de não repetição. “Esta medida visa contribuir para a reparação simbólica e abrangente das mulheres vítimas de crimes contra a integridade, a liberdade e a formação sexual”, disse a entidade estatal.
Em seu discurso, a diretora territorial, Yhina Paola Lombana, disse que “às vezes não identificam que são mulheres empoderadas, que têm uma identidade, qualidades, que são extremamente fortes, capazes de enfrentar o presente e o futuro com integridade”.
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A entidade salientou que esse acompanhamento é “feito de forma respeitosa, reconhecendo autonomia e considerando que cada ser humano pode assumir a própria vida com tomada de decisão e responsabilidade, mesmo nas circunstâncias mais dolorosas”.
Ao longo dos encontros contemplados pela estratégia, utiliza-se a metáfora da “mulher-árvore”, que exemplifica três linhas de ação e momentos da vida: reconhecimento e dignidade, são as raízes, o empoderamento e o reconhecimento se encontram no tronco e o projeto de vida e curso de vida, nos ramos.
Fabiola Bocanegra, participante da estratégia, disse estar muito feliz com as atividades. “Isso nos ajuda a nos livrar de tantos problemas e sair do ambiente rotineiro que temos em nossas vidas”, disse.
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