Modesto Montoya, Ministro do Meio Ambiente, foi, naturalmente, ao se referir aos vários confrontos que ocorrem entre os ramos do Estado. O renomado físico nuclear expressou sua preocupação, já que essa situação não leva a nada de bom para a governança do país.
Falando à imprensa, quando deixou o Palácio do Governo, o funcionário disse que a população “colocou a cruz em todos”, e é por isso que devemos começar a trabalhar juntos em benefício dos mais necessitados do Perú.
“Estamos todos ouvindo o Perú, ouvindo as comunidades, ouvindo seus problemas, o que podemos ver é que alguns incentivaram uma luta entre o Governo e o Congresso, então colocaram a cruz em todos nós”, disse.
“Eu vi em uma pesquisa que o presidente está em baixa nas pesquisas, mas o Congresso é pior, esse é o resultado das lutas, para resolver os problemas que você tem que estar unido. Acho que o presidente do congresso entendeu. Ou trabalhamos juntos ou todos saímos ”, acrescentou.
Quando questionado sobre a queixa constitucional contra o presidente Pedro Castillo e a moção de interpelação contra Aníbal Torres, o funcionário garantiu que tudo isso é o “resultado das lutas”.
CRÍTICAS AO PROVEDOR DE JUSTIÇA
O ministro Montoya criticou através de sua conta no Twitter o pedido do Provedor de Justiça, Walter Gutiérrez, que emitiu um documento solicitando a renúncia do presidente Pedro Castillo.
“O Provedor de Justiça, Walter Gutiérrez, parece estar defendendo interesses fora da democracia. Apesar de o povo ter escolhido Pedro Castillo dentro do quadro democrático, o Provedor de Justiça quer ignorá-lo. E o faz quando seu mandato terminou há quase um ano”, disse por meio de sua conta no Twitter.
Quem também criticou as ações de Gutiérrez foi a ministra da Mulher, Diana Miloslavich, que garante que o Provedor de Justiça deve parar de fazer declarações políticas “que não lhe pertencem” porque enfraquece a sua instituição.
“Parece-me que devemos continuar apostando na Ouvidoria, mas o Dr. Gutiérrez enfraquece a Ouvidoria, está fazendo declarações políticas que não lhe correspondem neste momento”, disse à Rádio Nacional.
“Ele está a declarar sobre a demissão e a vaga presidencial, acho que não deve fazer essas declarações, temos de reforçar o Gabinete do Provedor de Justiça, deve ser mantido sem dar pareceres políticos”, acrescentou.
O QUE DIZIA O DOCUMENTO DE WALTER GUTIERREZ?
Walter Gutiérrez pediu ao presidente da república, Pedro Castillo, que renunciasse ao cargo “para iniciar uma saída curso em frente a esta grave crise”.
“Ao salvaguardar os direitos fundamentais e preservar o bom funcionamento da administração pública, a Provedoria de Justiça exige que você realize um ato responsável perante o país e leal à Constituição, procedendo à renúncia ao cargo”, disse no documento.
Por meio desse escritório, a instituição expressou sua posição diante da “grave crise política em que o país se encontra”.
“Com base em nosso mandato constitucional de ser garantidores dos direitos fundamentais da população, bem como supervisores da prestação adequada de serviços públicos e do cumprimento dos deveres da administração estadual”, disse.
Ele acrescentou que, “desde uma leitura histórico-constitucional, a renúncia não tem sido um mero ato jurídico voluntário e pessoal, mas uma forma de solução para a qual os ex-líderes se voltaram quando perceberam a gravidade da crise e entenderam que eles próprios eram um obstáculo para encontrar um saída”.
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