Mais de 500 civis, incluindo 24 crianças, foram mortos na região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, desde que a invasão russa começou em 24 de fevereiro, disse quinta-feira o governador da região, Oleg Sinegoubov.
“Desde o início da invasão russa, 503 civis, incluindo 24 crianças, morreram”, disse o governador da região, cuja capital, Carcóvia, foi fortemente bombardeada pelo exército russo, em um vídeo postado em seu canal Telegram.
Nas últimas 24 horas, a região sofreu 34 ataques, deixando um morto e oito feridos, disse Sinegoubov.
Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, com uma população de quase 1,5 milhão de habitantes antes da guerra, está localizada a cerca de 40 quilômetros da fronteira russa. Foi objeto de intensos combates por vários dias no início da invasão russa em 24 de fevereiro, mas sempre permaneceu sob o controle das forças ucranianas.
Enquanto isso, a Ucrânia ainda aguarda a ofensiva final das tropas russas no Donbass, onde continuam as tentativas de capturar Mariupol e onde as autoridades admitiram que alguns soldados se renderam, mas não mais do que mil, como afirma a Rússia.
“O inimigo continua a aumentar seu agrupamento aéreo perto da fronteira leste de nosso país, aumentando as forças de artilharia e otimizando os sistemas de comando”, relatou o Estado-Maior do Exército Ucraniano em uma das partes beligerantes.
De acordo com os militares ucranianos, os russos “continuam a lançar sistematicamente ataques com mísseis e bombas contra infraestruturas militares e civis nas regiões de Kharkiv, Donetsk e Zapariya”.
Além disso, eles fortalecem o agrupamento russo perto de Severodonetsk, na região de Lugansk, e continuam o ataque à cidade portuária de Mariupol.
O Reino Unido, que publica diariamente relatórios sobre a situação na Ucrânia, disse hoje que as cidades de Kramatorsk e Kostiantynivka, na região de Donetsk, podem ser os novos alvos das tropas russas.
O Governo da Ucrânia anunciou na quinta-feira a abertura de um total de nove corredores humanitários no país, a maioria deles em áreas do leste e sul, tendo-os mantido fechados ontem face à intensidade das hostilidades.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereschuk, anunciou a abertura de nove corredores humanitários para permitir a evacuação de cidadãos das áreas mais afetadas pelo conflito e trazer bens essenciais.
(Com informações da AFP e da EFE)
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