Eles capturam um cidadão que carregava mais de 2.000 tartarugas em um ônibus de transporte público

Os espécimes apreendidos foram tartarugas hipóteas (trachemys callirostris), que estão sendo examinadas para serem liberadas de volta ao seu habitat natural

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A Corporação Autônoma Regional de Quindío (CRQ) informou nesta quinta-feira, 14 de abril, que prendeu um cidadão que tinha 2.047 tartarugas na estrada entre Bosconia (César) e Tuluá (Valle del Cauca). O homem estava transportando os espécimes em um ônibus de transporte público e foi pego pelo crime de tráfico de vida selvagem.

José Manuel Cortés Orozco, diretor do CRQ, comentou que os animais eram tartarugas hipóteas (trachemys callirostris). A judalização do cidadão “foi o resultado de um dos postos de controle que nossa polícia rodoviária possui e que, graças à coordenação com a Polícia Ambiental e a Corporação Autônoma Regional de Quindío, conseguimos apreender esses indivíduos da vida selvagem”.

Os mais de 2.000 espécimes, que vieram do Caribe colombiano, estão em processo de avaliação para determinar o estado em que são encontrados. Posteriormente, eles serão transferidos para uma das corporações autônomas na costa atlântica “para serem liberados de volta ao seu habitat natural”, acrescentou Cortes.

Recorde-se que o CRQ já havia avisado que a tartaruga hocotea ainda é consumida durante a Páscoa e por isso tem um risco maior de ser traficada nesta temporada. De fato, o Instituto Humboldt apontou que trachemys callirostris é um dos animais mais traficados junto com a tartaruga morrocoy e a iguana verde.

José Manuel Cortés Orozco, diretor do CRQ, comentou que os animais eram tartarugas hipóteas (trachemys callirostris). Vídeo: @CorpoQuindioCRQ

Diante dos riscos do tráfico de animais selvagens, a CRQ estabeleceu uma série de operações para impedir a movimentação de animais. Na Semana Principal, a equipe da autoridade ambiental está trabalhando em duas frentes:

O primeiro tem a ver com operações e controles em conjunto com o Exército Nacional e a Polícia Nacional para impedir a extração de flora e fauna e o tráfico ilegal de espécimes como o broto de Palma de Cera para o último Domingo de Ramos.

A segunda frente tem como objetivo implementar a campanha de educação ambiental: “Um turista responsável”. A equipe da entidade estará presente nos municípios de Salento, Finlândia e no setor de Rio Verde para conscientizar os visitantes sobre o uso da água, o uso de resíduos sólidos e a separação adequada na fonte.

O comércio ilegal de animais selvagens movimenta entre 20 e 40 bilhões de euros por ano

Durante a Segunda Conferência de Alto Nível das Américas sobre o Comércio Ilegal de Vida Selvagem, realizada no departamento de Bolívar em 6 de abril, foi destacada a importância de promover ações concretas para combater o tráfico de animais selvagens. O evento contou com a presença do Reino Unido e de diferentes países da América Latina, juntamente com o Ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Carlos Eduardo Correa.

“O comércio ilegal de vida selvagem movimenta, anualmente, entre 20 e 40 bilhões de euros globalmente. Este é um dos negócios mais lucrativos do planeta e grande parte desse tráfego de vida selvagem vem de nossos países”, disse Correa. O chefe do portfólio ambiental pediu ações para enfrentar esse flagelo que hoje afeta a biodiversidade do planeta.

A Colômbia tem duas ferramentas para combater o comércio ilegal de animais selvagens e conter a perda de biodiversidade: a Lei de Crimes Ambientais, que criminaliza esse crime com até 12 anos de prisão, e a Lei 2153 de 2021, que criou o Sistema de Informação, Registro e Monitoramento, que permite o controle de tráfego, prevenção e prevenção da vida selvagem ilegal na Colômbia.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, em 2021, foram apreendidos 18.636 indivíduos da fauna e 282.147 da flora, representando 2.325 capturas. Os departamentos em que mais ocorreu essa prática ilegal foram Cundinamarca, Santander, Córdoba, Antioquia, Sucre, Bolívar e Atlántico.

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