A Comissão de Consolidação da Paz da ONU expressou na quarta-feira seu apoio ao Acordo de Fim da Paz que está sendo implementado na Colômbia. Porta-vozes de diferentes nacionalidades destacaram o progresso alcançado desde sua assinatura, há cinco anos, entre o Estado colombiano e a guerrilha desmobilizada das FARC.
Representantes de países como Suécia, Brasil, Costa Rica, Canadá, Holanda, Letônia, Japão, Marrocos e República Dominicana destacaram o progresso que fizeram na implementação dos acordos estabelecidos em Havana, enquanto clamam por maiores esforços para alcançar a construção da paz no país território.
“O relatório destaca o progresso alcançado na implementação do acordo de paz entre o governo e as ex-FARC, incluindo todas as questões relacionadas ao longo prazo do processo de reincorporação, bem como os desafios enfrentados pela construção da paz, especialmente nos territórios mais importantes afetados pela violência e pela pobreza”, disse o representante da ONU na Colômbia, Carlos Ruiz Massieu.
Da mesma forma, a Coordenadora Residente da ONU na Colômbia, Mireia Forner, pela estreita coordenação e apoio incondicional demonstrados ao acordo pelas nações doadoras, pelas Nações Unidas e pelas instituições do Estado, a representante da Holanda, Yoka Brandt, destacou a abordagem das vítimas.
“Nós da Holanda o parabenizamos pelo extraordinário progresso alcançado e, você bem sabe disso, continuamos empenhados em apoiá-lo de maneiras muito concretas através, por exemplo, da justiça de transição e da formalização dos processos de registro de terras, bem como através de excelentes relações bilaterais. , inclusive econômicas”, disse o porta-voz ao presidente da Colômbia.
Por sua vez, o representante do Canadá, Bob Rae, indicou que o Acordo Final de Paz é um dos processos mais “surpreendentes” que ocorreram não apenas na América Latina, mas no mundo, destacando a política e gestão migratória que a Colômbia implementou por meio de estratégias como o Estatuto de Proteção Temporária para Venezuelanos.
Por sua vez, a embaixadora da Costa Rica, Maritza Chan, ressaltou a importância da implementação dos 16 distritos eleitorais de transição para a paz, através dos quais as vítimas puderam escolher alguns de seus representantes na Câmara, observando que “forneceu muitos colombianos, de áreas rurais e afetadas pela violência áreas, a oportunidade de eleger seus representantes pela primeira vez”.
“A paz não é sustentável, mas inclusiva e, portanto, a inclusão das mulheres como colaboradoras e facilitadoras”, no desenvolvimento da paz, “contribui para garantir a participação plena, igualitária, significativa e segura das mulheres na paz colombiana”, disse o embaixador.
Além desses reconhecimentos e apoio, as nações solicitaram redobrar esforços na implementação do Acordo Final de Paz e garantir a segurança dos ex-combatentes que estão avançando em seu processo de reintegração.
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