Colômbia lamenta a saída de Freddy Rincón, o jogador de futebol que gritou um país em uníssono

Ele foi o primeiro colombiano a jogar, pelo menos alguns minutos, em uma Liga dos Campeões com a camisa do Real Madrid

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O Colosso de Bonaventure se despediu. O jogador de futebol do Vallecaucano, Fredy Rincón, uma das estrelas da geração de ouro do futebol nacional, sofreu um acidente de trânsito na madrugada de segunda-feira, 11 de abril, em Cali. Seu prognóstico foi reservado, ele foi operado com urgência na Clínica Imbanaco, onde vários de seus familiares, amigos e seguidores esperaram com fé por sua recuperação.

De uma equipe infantil chamada El Capricho, Rincón passou a fazer parte do Atlético Buenaventura na cidade que o viu crescer por 19 anos. Foi nessa idade que ele chegou a Bogotá, onde havia sido convidado por Jorge Luis Pinto para fazer parte dos mais baixos de Santa Fé.

Com o Atlético Bucaramanga, eles jogaram um amistoso e isso foi o suficiente para que o gerente lhe desse a oportunidade de fazer parte de uma das equipes da capital. Lá ele se destacou como um voador misto e até alguns, por nostalgia ou dados, consideraram-no o melhor que já existiu no país.

Ele passou três anos com a equipe cardinal como parte da equipe que venceu a primeira Copa da Colômbia para essa equipe em 1989. Os anos anteriores também foram destacados para Rincón, ele foi polido nessa etapa com a direção de Pinto e jogou pelo título em 1988.

Ele então se tornou parte da América de Cali, onde abriu seu lugar em um time cheio de estrelas do futebol nacional e foi campeão em 1990 e 1992. Um papel que lhe permitiu chegar mais tarde ao Palmeiras no Brasil e depois ao Napoli, onde esteve de 1994-1995.

Depois de sua primeira experiência na Europa, ele estava pronto para voltar ao Brasil, mas teve uma oportunidade incomparável. Ele já foi reconhecido entre os clubes por seu papel na Copa América do Uruguai, na qual marcou três gols.

Por esse motivo, em meio a uma crise do Real Madrid, Jorge Valdano propôs que ele fizesse parte dos merengues da temporada. Ele foi recebido com mensagens discriminatórias pelos fãs, mas estava disposto a competir com os substitutos para deixar o banco.

Ele se tornou o primeiro colombiano em uma Liga dos Campeões com alguns minutos na quadra do clube merengue, sem outro resultado notável, então ele voltou logo depois para o futebol brasileiro. Fazer parte do Corinthians em 1997.

Em três anos no Brasil, ele ganhou dois campeonatos nacionais em 1998 e 1999. Graças a esse resultado, o Corinthians foi para a Copa do Mundo de Clubes de 2000, que finalmente venceu os pênaltis com Vasco de Gamma. Rincón foi o capitão e levantou a taça histórica.

Com a equipe da Colômbia, ele fez parte de três campeonatos mundiais, em 1990, nos quais a seleção nacional chegou às oitavas de final. Seguido por 1994 e 1998 em que eles não passaram da fase de grupos, embora na memória fanática a lista de luxo que havia sido formada até então não seja esquecida.

A Federação Colombiana de Futebol recorda entre suas efemérides que em 23 de maio de 1988, em um amistoso entre Colômbia e Escócia disputado em Nova York, Freddy Rincón marcou o último gol como titular da seleção nacional. Naquela ocasião, Carlos Valderrama também marcou o segundo gol de uma partida que terminou empatada.

Rincón, como vários esportistas do final do século XX, acabou pontilhado de tráfico de drogas, aparentemente por pura suspeita. Em 2006, o Ministério Público brasileiro capturou o chefão colombiano Pablo Rayo Montaño, em uma investigação contra lavagem de dinheiro relacionada a drogas e outras atividades ilícitas.

Um total de 96 pessoas foram ligadas, incluindo o Colosso de Bonaventure, como o suposto homem de frente de Rayo Montaño. O caso não foi resolvido até 2016, quando o Supremo Tribunal de Justiça absolveu o futebolista e condenou o capo.

Nos últimos anos, Rincón tem sido comentarista de futebol e esteve envolvido em análises controversas da situação dos esportes nacionais.

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