Enrique Alfaro, governador de Jalisco, confirmou a prisão de Antonio Cruces Mada, ex-secretário estadual de saúde, que foi preso em março passado por peculato do tesouro, embora tenha sido logo libertado pelos amparos com os quais se defendeu.
“O compromisso era claro: o desfalque que foi feito no setor de saúde do governo anterior não seria outra história de impunidade. Há alguns momentos Antonio Cruces Mada, o ex-secretário de saúde de Jalisco, foi enviado para a cadeia para pagar seus malfeitos”, escreveu o presidente do estado por meio de sua conta no Twitter.
Ele também saudou esse fato, já que o ex-funcionário havia contornado as autoridades com vários remédios de amparo “fora da lei”. Por esse motivo, ele anunciou que um juiz ordenou a prisão preventiva para enfrentar “seu julgamento atrás das grades”, disse Alfaro.
Deve-se notar que o Ministério Público de Jalisco, em 25 de março, anunciou a prisão de Cruces Mada. No entanto, momentos depois, ele entrou com um amparo concedido por um juiz distrital, o que foi verificado, então o ex-membro do gabinete de Aristóteles Sandoval foi removido das instalações.
Gerardo de la Cruz Tovar, o promotor anticorrupção, disse, dias antes desses eventos acontecerem, que o ex-secretário de saúde havia evitado as audiências com a promoção de mais de 100 julgamentos de amparo, exigindo que ele comparecesse à reunião acordada até meados de março.
“Tem que se apresentar, é claro. Obviamente, muitas coisas podem acontecer em torno desse público, mas por enquanto ele deve ser notificado nos dias de hoje. Tínhamos o conhecimento, a notificação deve ser feita ao judiciário e chegaremos à audiência e veremos se ele foi notificado em tempo hábil e se aparece ou não”, disse.
A partir desse momento, de la Cruz Tovar reconheceu que Cruces Mada poderia apresentar outra proteção (o que aconteceu). Além disso, ele confirmou que não estava evitando suas responsabilidades com a lei, uma vez que estava sob proteção domiciliar.
“É seguro, sim, claro. Ele está na segurança doméstica. Não podemos dizer que ele é evadido nesse sentido, ele respeitou a reserva. É uma questão de litígio, finalmente o amparo é um meio de defesa que todos os indivíduos possuem. Ele fez bom uso desse meio de defesa e com isso seu procedimento certamente foi adiado”, explicou o responsável.
Os crimes pelos quais Antonio Cruces foi acusado são peculato e uso ilegal de poderes e poderes. Também foi identificado que ele havia feito consultas irregulares e comprado insumos superfaturados. Todas essas ações chegariam a pelo menos 600 milhões de pesos de recursos públicos desviados durante sua administração de 2016.
Essas não foram todas as polêmicas a que ele estava ligado, já que em novembro de 2021 ele foi encontrado espancado e amarrado de mãos e pés, após uma suposta agressão. Ele foi despojado de aproximadamente 50 mil pesos e seu carro de luxo, no qual ele estava viajando.
O Ministério Público estadual detalhou que o ex-funcionário foi encontrado nas proximidades de um parque localizado no bairro Colinas de Atemajac, dentro do município de Zapopan. Ele imediatamente recebeu os primeiros socorros e foi posteriormente levado a um hospital para atendimento médico.
Segundo as autoridades, o crime ocorreu fora da casa de Antonio Cruces, que vinha do exercício da profissão de ginecologista. De um momento para outro, ele foi interceptado por um comando, que o “levantou”, agrediu e abandonou algum tempo depois.
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