Antioquia e a região do café, as áreas mais católicas do país, enquanto o Caribe é a região com mais protestantes

8 em cada 10 colombianos continuam professando o catolicismo, embora cada vez mais não estejam afiliados a nenhuma religião

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Feligreses católicos fueron registrados este domingo al participar de la celebración del Domingo de Ramos, durante el inicio de la Semana Santa, en la iglesia de San Francisco en Quito (Ecuador). EFE/José Jácome
Feligreses católicos fueron registrados este domingo al participar de la celebración del Domingo de Ramos, durante el inicio de la Semana Santa, en la iglesia de San Francisco en Quito (Ecuador). EFE/José Jácome

A Colômbia é um país tradicionalmente cristão-católico, e é por isso que a Páscoa tem uma conotação importante para os cidadãos. Prova disso são os resultados da Pesquisa de Cultura Política, que o Departamento Administrativo Nacional de Estatística - dinamarquês - realiza a cada dois anos: constatou que o catolicismo continua predominando no país, uma vez que 8 em cada 10 entrevistados, ou 78,2%, se identificam com essa crença, enquanto o resto siga as correntes do cristianismo protestante (9,2 por cento).

Embora a religião continue sendo um fator determinante na sociedade, os resultados da pesquisa mostram que o número de pessoas que acreditam em um ser superior, mas não professam nenhuma religião, aumentou 877.000 em seis anos, o equivalente a um aumento de 72,4% entre 2015 e 2021. O aumento de pessoas que estão distantes da religião significou que o número de fiéis nas igrejas caiu, no caso do catolicismo, em 2,3 por cento nos últimos seis anos.

Por outro lado, se você olhar os dados de forma desagregada, poderá descobrir que quanto mais jovens forem, menor será a probabilidade de se identificarem com um tipo de religião. Para alguns, isso ocorre porque os pais falharam em transmitir efetivamente suas crenças; e que as igrejas não tocam os jovens porque suas práticas foram gastas.

“A Igreja Católica é cada vez menos eficiente em responder às necessidades ou expectativas espirituais das novas gerações, especialmente entre aqueles com menos de 40 anos de idade. A população tem dificuldade em se sentir parte e se comprometer com a Igreja”, escreveu o sociólogo William Mauricio Beltrán Cely ao El Tiempo.

Além disso, o especialista acredita que outro fator que afetou as igrejas são os escândalos amplamente relacionados ao abuso sexual, corrupção e outros problemas, que foram ouvidos não apenas na Colômbia, mas no mundo.

Há uma crise na dinâmica religiosa da missa, mas também de liderança religiosa: há cada vez menos confiança nos padres, exacerbada por escândalos do comportamento moral e sexual de muitos deles”, acrescentou Beltrán Cely.

É importante notar que na pesquisa também foi determinado que existem algumas áreas do país que acreditam mais no catolicismo do que outras. Por exemplo, Antioquia e a Região do Café são as áreas com maior concentração de católicos, enquanto no Caribe, é o território onde há menos crentes do catolicismo com 71,2% das pessoas, mas é a região onde os movimentos protestantes estão crescendo mais, com 11,2% de pessoas que se identificam com o movimento evangélico e pentecostal.

“Para eles, o discurso carismático, que dá liberdade para expressar sentimentos, é muito mais marcante do que os ritos católicos, que tendem a ser mais organizados, rigorosos e sérios”, explicou o pesquisador à mídia de Bogotá.

Finalmente, na categoria de crentes que não frequentam nenhuma igreja, há dois: aqueles que seguem a mesma fé cristã que o país tradicionalmente acolheu; e aqueles que acreditam no movimento da nova era: forças criativas, ou em doutrinas orientais, como reencarnação e carma.

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