Administrador de maconha comum a deputado que reclamou de seu salário: “Esse valor nos alimentaria três anos”

Devido ao aumento dos preços, os potes comuns optaram por ficar sem carne, frango e peixe. Além disso, devido ao aumento do custo do gás, eles começaram a cozinhar com lenha.

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A administradora do pote comum Fe y Esperanza de Villa María del Triunfo, Maricruz Estrella, expressou sua indignação em entrevista à RPP news pelas declarações do parlamentar Alejandro Soto, do partido Aliança para o Progresso, que garantiu que sua o salário é 'mal' 10.200 soles.

“Que ignorante esse congressista é realmente ignorante. Não sei se ele estudou ou não para ser congressista. Essa quantia nos alimentaria por mais de três anos”, disse em diálogo com a RPP Noticias. “Nós nem temos o salário básico. Com o aumento do preço, em um dia, meu filho gastou 50 soles. Se esse pote não existisse, o que comeríamos?” , acrescentou a mulher.

Além disso, ele disse sentir as consequências da alta de preços. “Serei congressista, mas não ganho um milhão. Só ganhamos 10.200 soles, porque o salário bruto é S/15.600″, disse.

POTES COMUNS EM CASO DE EMERGÊNCIA

O pote comum Fe y Esperanza é um dos afetados pelo aumento dos preços da cesta básica, a tal ponto que há algum tempo carne, frango ou peixe não são usados para preparar alimentos.

“Não temos o apoio de ninguém, nem do Município (VMT) nem do Governo, nem do Sr. Pedro Castillo, que mencionou tanto que ia ajudar os potes comuns e até hoje estamos esperando que ele nos apoie”, disse.

As mães desta panela comum cozinham em madeira, pois não podem pagar a média de 68 solas que um balão de gás custa. “O que fazemos agora é um milagre com este pote. Agora estamos sobrevivendo graças aos doadores, que têm nos ajudado com seu grão de areia”, enfatizou.

Infobae

LEI DE POTES COMUNS

Na semana passada, foi aprovado o projeto de lei que reconhece os Potes Comuns do Perú como organizações sociais de base. Busca declarar organizações sociais de base para garantir seu financiamento, bem como promover o trabalho produtivo de seus beneficiários.

Outra regra é que os governos locais, o Ministério do Desenvolvimento e Inclusão Social (Midis) e outros, podem fazer modificações orçamentárias, se necessário e alocar recursos para financiar total ou parcialmente a compra e distribuição de alimentos destinados a potes comuns em circunstâncias graves que afetam a vida da nação.

No que diz respeito aos aspectos nutricionais dos alimentos em potes comuns, o Ministério da Saúde (Minsa) será responsável por aprovar os técnicos de documentos para orientação sobre esses aspectos na preparação de alimentos em cantinas populares em emergências.

Diante disso, o presidente da rede de potes comuns na região metropolitana de Lima exigiu que o presidente implementasse o regulamento que garante o financiamento desses serviços comunitários.

PEDRO CASTILLO SAÚDA

O Presidente da República, Pedro Castillo, saudou a aprovação deste projeto de lei, disse que estava aguardando a promulgação do respectivo autógrafo da norma.

Estamos aguardando que o Congresso da República envie o autógrafo da lei que reconhece os Potes Comuns como organizações sociais de base, para prosseguir com sua promulgação imediata. Saúdo os congressistas que pressionaram por essa importante lei”, escreveu o presidente em suas redes sociais.

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