Acordo comercial com a Coréia do Sul colocaria a economia mexicana em risco: Canacintra State of Mexico

O presidente da Câmara Nacional da Indústria de Transformação garantiu que o tratado aumentaria a balança comercial negativa com aquela nação asiática.

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Foto de archivo. Vista del puerto de Manzanillo, México. Agosto, 2019. REUTERS/Alan Ortega
Foto de archivo. Vista del puerto de Manzanillo, México. Agosto, 2019. REUTERS/Alan Ortega

A presidente da Câmara Nacional da Indústria de Transformação (Canacintra) no Estado do México, Imelda Meza Parrilla, garantiu que um possível Acordo de Livre Comércio com a Coreia do Sul colocaria em risco a economia do país, uma vez que aumentaria a balança comercial negativa com isso Nação asiática.

Segundo Meza Parrilla, este acordo comercial poderia inundar o México com eletrônicos, artigos do setor metal-mecânico e da indústria siderúrgica, onde o Estado do México tem uma produção significativa, de modo que apresentariam forte concorrência pela indústria nacional, disse Milenio.

O presidente da Canacintra, disse que não é lógico que, por um lado, o Ministério das Finanças busque aumentar as relações com os Estados Unidos, a fim de posicionar o México como seu principal parceiro comercial e fornecedor; e, por outro, o Ministério da Economia deve continuar as negociações para estabelecer um tratado comercial com a Coreia do Sul.

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“Hoje não parece ser a melhor decisão iniciar negociações com a Coreia do Sul, onde já temos uma balança comercial muito desfavorável, onde o setor industrial tem pouco para abastecer o mercado coreano”, alertou.

O presidente da Canacintra no Estado do México explicou que as atuais condições comerciais são voltadas para uma cadeia de suprimentos no setor primário, na qual o México tem melhores possibilidades.

No entanto, o saldo é desfavorável, então a questão é analisada como segurança nacional, onde busca proteger os produtores industriais do país.

No entanto, reconheceu que tinham sido feitos progressos nas mesas de negociações.

“O equilíbrio da indústria nacional é que as condições de pandemia e as mudanças econômicas ocorridas nos últimos anos permitem que os fornecedores asiáticos sejam substituídos por fornecedores mexicanos e, assim, recuperem a competitividade do emprego mantido em nível nacional”.

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O possível acordo comercial entre o México e a Coréia do Sul gerou rejeição generalizada no setor empresarial mexicano.

Em março passado, no âmbito do 5º Encontro Nacional da Cadeia de Fibras, Têxteis, Roupas e Calçados, a indústria têxtil nacional pediu ao governo federal que se retirasse do tratado com aquele país, enquanto pedia que se concentrasse na implementação do T-MEC.

O presidente da Câmara Nacional da Indústria Têxtil (Canaitex), Manuel Espinosa Maurer, pediu para cuidar do mercado nacional e rever todos os acordos comerciais existentes, a fim de torná-los verdadeiramente benéficos.

Ele destacou que, até o momento, o México exporta apenas 689 milhões de pesos para a Coreia do Sul, enquanto a Coreia do Sul exporta 62 bilhões de pesos para o nosso país.

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“Não vemos como podemos exportá-lo para a Coréia do Sul, temos um déficit na balança. Assim como estamos, exportamos 689 milhões de pesos para eles e eles exportam 62 bilhões de pesos para nós”, disse.

Ele alertou que a proximidade da Coreia do Sul com a China representa um perigo para o contrabando e a ilegalidade.

Por sua vez, o Ministério da Economia (SE) apontou que os temores dos empresários mexicanos são semelhantes aos que tinham há 30 anos com o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).

No âmbito do Encontro Nacional da Cadeia de Fibras, Têxteis, Vestuário e Calçado, a Secretária de Economia, Tatiana Clouthier, disse que “iniciar uma negociação não significa um acordo final, é uma negociação, é o início de, não significa que amanhã seja virado e todos os setores são ouvidos”, disse.

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