Um caso de feminicídio relatado em El Colegio (Cundinamarca)

O ex-parceiro causou a morte de uma mulher naquele município. As autoridades o capturaram poucas horas após o incidente.

Guardar
Dos mujeres participan el 19 de junio de 2020 de un plantón para protestar por los feminicidios ocurridos este año en el país, especialmente durante la cuarentena nacional para contener la expansión del COVID-19, en Medellín (Colombia). EFE/Luis Eduardo Noriega A.
Dos mujeres participan el 19 de junio de 2020 de un plantón para protestar por los feminicidios ocurridos este año en el país, especialmente durante la cuarentena nacional para contener la expansión del COVID-19, en Medellín (Colombia). EFE/Luis Eduardo Noriega A.

Em eventos ocorridos na madrugada da última terça-feira, um homem atacou repetidamente uma mulher que estava saindo do trabalho no centro Mesitas del Colegio, em Cundinamarca, com uma faca, matando-a lá.

Testemunhas identificaram a pessoa responsável pelo ataque como ex-parceiro romântico da vítima. Após o ataque, o homem fugiu, mas foi capturado na manhã de terça-feira pelas autoridades.

Após a acusação do suposto agressor, tanto a governadoria de Cundinamarca quanto o Gabinete do Provedor de Justiça informaram que solicitarão ao promotor que classifique o crime como feminicídio no âmbito da Lei 1761 de 2015, conhecida como Lei Rosa Elvira Cely.

Outro caso de feminicídio em Valledupar

Na última segunda-feira, por volta das 9h da noite, Maria de los Ángeles Araujo, de 26 anos, foi morta após ser baleada várias vezes com uma arma de fogo enquanto trabalhava em sua banca de empanada em Valledupar, capital de César.

Segundo Adalberto Aníbal Coronel, ex-companheiro da vítima, ele estava no ponto de venda, localizado no bairro de San Martín, quando quatro caras de duas motocicletas se aproximaram dele e, sem diálogo, atiraram nas costas dele. Os criminosos, que pareciam ser dias de pagamento, ligaram suas motocicletas e começaram a fugir sem lhes dar tempo para reagir.

Quem testemunhou o evento ajudou a mulher, que foi transferida para a clínica Santa Isabel. No entanto, ele morreu minutos após a admissão devido à gravidade de seus ferimentos.

A vítima, de nacionalidade venezuelana, teria sido morta porque não pagou uma dívida que tinha pendente por quatro meses, segundo informações da mídia local. Coronel chegou a afirmar que em 1º de abril ocorreu um evento semelhante com os credores 'gota a gota', que se aproximaram de sua casa e a intimidaram.

Aparentemente ele lhes devia 300 mil pesos, mas por causa de um atraso de três letras, os juros aumentaram. A primeira vez que houve uma briga e eles até ameaçaram matar um irmão, chutaram as grades da casa e Maria De Los Angeles saiu para se defender com um bastão causando danos a uma motocicleta dos colecionadores, que imediatamente a avisaram que não ficaria assim”, disse.

Na mídia 'Diario del Cesar' eles souberam que, quando este último incidente ocorreu, vários parentes recomendaram que Maria de los Ángeles apresentasse a queixa ao Ministério Público. Isso ocorre porque um nome apareceu no cartão de controle de pagamento que poderia ser vinculado aos destinatários.

Andrés Alberto Palencia, diretor do Ministério Público em Cesar, confirmou as versões que apontam para um empréstimo não cumprido como o principal motivo do homicídio: “A mulher teve problemas financeiros, recorreu a pessoas que emprestam dinheiro ilegalmente e parece que não cumpriu os pactos ou prazos para a entrega do dinheiro e isso levou a que a decisão tivesse sido tomada, alegadamente, pela organização que empresta o dinheiro para assassiná-la.”

As autoridades disseram que as investigações estão progredindo para capturar os responsáveis, além disso, segundo parentes de Araújo, as placas das motocicletas já foram identificadas: “Esperamos que esse crime não fique impune, que a justiça seja feita porque infelizmente isso é a ação dos cobradiários e ninguém faz nada”, acrescentou Adalberto Coronel.

María de los Ángeles Araújo é a quinta mulher morta em Valledupar até agora este ano. Desses casos, três foram esclarecidos pelo Ministério Público. Enquanto isso, as autoridades de Cesar relataram 12 feminicídios em 2022.

No primeiro trimestre de 2022, 55 feminicídios foram relatados no país, onde as armas mais usadas são armas de fogo (36) e armas cortantes (13), de acordo com dados apresentados pelo Observatório de Feminicídios da Colômbia.

CONTINUE LENDO:

Guardar