Nesta terça-feira, 12 de abril, verificou-se que o ex-candidato ao governo de San Luis Potosí para o Movimento Nacional de Regeneração (Morena), Mónica Rangel Ramírez, foi presa no Estado do México (EdoMex).
De acordo com os primeiros relatórios, o ex-chefe do Ministério da Saúde da entidade foi preso por elementos de potosina pertencentes ao sistema de justiça da EdoMex, graças a um acordo de colaboração entre as duas instituições.
O comunicado emitido pelo Ministério Público não especificava os crimes pelos quais ela é acusada; no entanto, presume-se que poderia ser por causa de seu provável envolvimento em associação criminosa, enriquecimento ilícito, uso indevido do serviço público, comércio de influência, peculato e vandalismo.
E é que Mónica Rangel Martínez, ex-candidata ao governo para governador do partido Guinda, é cirurgiã formada pela Faculdade de Medicina da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM); além disso, ela tem dois mestrados: um em Saúde Pública; o outro , em Educação.
Desde 1998, ele faz parte da Sociedade Mexicana de Saúde Pública AC como membro ativo, onde apresentou alguns trabalhos de pesquisa.
Apesar de estar no serviço público da entidade há mais de 25 anos sob os governos do Partido Revolucionário Institucional (PRI), seu nome veio à tona no ano passado, quando foi anunciado que ela seria a candidata de Morena a governador.
Rangel foi escolhido por meio de pesquisas internas nas quais 21 mulheres participaram, de acordo com o que foi relatado na época por Mario Delgado, líder nacional da Morena.
“Eu não vou falhar com eles. Meu trabalho é sempre responsável e inclusivo. Eu aspiro transformar meu estado, mas acima de tudo para fazê-lo de mãos dadas com o povo, não há outra maneira”, disse Rangel depois de ser anunciado como o porta-bandeira morenista.
Um dos pontos que destacou em seu perfil, além de seu conhecimento acadêmico, foi sua gestão da pandemia de COVID-19, uma vez que, com base nos levantamentos iniciais das campanhas, ele liderou as preferências pelo executivo local.
No entanto, ele ficou em terceiro lugar no dia da eleição, obtendo 139.243 votos, o que representou 11,46% do total de votos; enquanto o vencedor, Gallardo Cardona, obteve 458.156 votos, ou 37,7%.
No entanto, durante sua campanha ela enfrentou polêmica, pois quase perdeu o registro no Instituto Nacional Eleitoral (INE) porque a Unidade de Controle Técnico a acusou de não ter apresentado seus relatórios de despesas pré-campanha.
Diante desse fato, Delgado Carrillo acusou os vereadores de empreenderem uma “caçada disfarçada de fiscalização”, já que esse mesmo problema foi enfrentado por Felix Salgado Macedonio e Raúl Morón.
Deve-se notar que, ao contrário de seus colegas de campanha, Rangel conseguiu continuar sua campanha até o final, mas esse tipo de evento fez com que ele diminuísse sua popularidade, o que se refletiu nos resultados das eleições.
Meses depois de perder no dia da eleição, a ex-funcionária anunciou que já havia sido avisada de uma possível prisão por oficiais da Polícia de Investigação, já que ela mesma havia informado à mídia que em janeiro passado havia se refugiado diante de um juiz federal para evitar perder sua liberdade.
Na ocasião, a médica indicou que soube que estava sendo procurada por meio de seus vizinhos, pois informaram que os agentes estavam na periferia de sua casa, por isso decidiu abster-se de ações que pudessem ser realizadas por 17 juízes, a Procuradoria Geral do Estado e a Secretaria de Segurança Pública de San Luis Potosi.
Sobre as acusações contra ele, Ricardo Gallardo Cardona, governador de San Luis Potosí, disse que elas vêm do nível federal, não de investigações das autoridades locais.
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