Por que você não deve alimentar os pombos

Hoje em dia são consideradas pragas e alimentá-las incentiva a incrustação das vias públicas de todos os mexicanos.

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MÉXICO, D.F., 26OCTUBRE2012.- Reflejo de
MÉXICO, D.F., 26OCTUBRE2012.- Reflejo de la torre latinoamericana sobre la calle de Madero. El próximo domingo se acaba el horario de verano por la que habrá de atrasarse una hora el reloj. FOTO: DIEGO SIMÓN SÁNCHEZ /CUARTOSCURO.COM

Um dos animais que mais podem ser vistos na Cidade do México são os pombos, uma ave européia que os espanhóis trouxeram para a América desde o século XVII e, embora muitas pessoas frequentemente alimentem essas aves, hoje é considerada uma praga que causa danos ao setor imobiliário e à saúde humana. A Universidade Nacional Autônoma do México explicou por que é importante não alimentá-los, mesmo que seja considerado um benefício para eles.

Esta ave foi importada principalmente como espécie alimentar, foi importante na Idade Média, na era renascentista e nos séculos posteriores na Europa. Seu nome científico é Columba e é conhecido por nidificar em casas, igrejas, edifícios históricos e modernos. Em muitas partes da Cidade do México, é normal vê-los nas calçadas.

Jorge Schondube, acadêmico da UNAM, mencionou que alimentá-los gera riscos derivados de seus excrementos, pois em contato com a chuva produz ácidos que afetam os edifícios e a saúde humana, pois é algo que se respira nas ruas. Alguns dos edifícios que foram mais afetados são as pedras das quais igrejas e edifícios históricos são feitos.

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Embora esses pombos não tenham sido responsáveis por efeitos negativos sobre as aves nativas, como espécies invasoras, que deslocam os nativos e comem seus alimentos, hoje eles foram vistos em terras agrícolas, de acordo com a amostragem feita pelo acadêmico Schondube em Sonora, o que significa que eles podem ser uma praga.

É muito comum ver excrementos de pombos mesmo nos pára-brisas dos carros e também vê-los descansar em edifícios, no entanto, também causa duas doenças, como a histoplasmose, que está associada principalmente a morcegos e clamídia, sexualmente infecção transmitida.

O fungo Histoplasma capsulatum cresce em ambas as espécies, mas a diferença, explicou o pesquisador, é que os pombos fazem seus ninhos em prédios próximos aos humanos, enquanto os morcegos o fazem em cavernas principalmente distantes das pessoas.

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Quando as pessoas entram para limpar esse tipo de fezes, elas respiram esporos desse fungo, que podem causar histoplasmose e podem se tornar fatais.

No caso da clamídia, o patógeno é a bactéria Chlamydia psittaci e a infecção é chamada de psitacose, mas afeta não apenas os humanos, mas outras aves de rapina, como os falcões, se caçam e comem um pombo infectado com clamídia podem ficar doentes e morrer.

Segundo Shondube, existem cidades na Europa onde é proibido alimentá-los e, graças a isso, as populações são reduzidas e até forçadas a procurar comida fora das cidades. O pesquisador recomendou parar de alimentá-los em praças nas cidades e vilas, pois isso ajudará a reduzir o risco dessas doenças para os mexicanos.

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Os pombos são auto-suficientes para procurar comida e, com o tempo, tornaram-se animais onívoros, o que significa que eles têm a capacidade de digerir diferentes tipos de alimentos. Alimentar esses animais favorece sua reprodução descontrolada, aumenta a sujeira nas vias públicas e consequentemente o aparecimento de cheiros ruins que contêm esporos que respiramos diariamente e podem nos prejudicar.

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