Ouvidoria reitera a importância de avançar na investigação para a polêmica operação em Putumayo

A entidade pediu à Procuradoria e ao Ministério Público que conduzissem uma investigação adequada sobre esta operação realizada pelas forças de segurança no Alto Remanso, na qual civis teriam sido mortos.

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Foto de archivo. Soldados del Ejército Nacional de Colombia hacen guardia durante una operación de erradicación de cultivos de coca en Tarazá, en el departamento de Antioquia, Colombia, 10 de septiemre, 2019. REUTERS/Luis Jaime Acosta
Foto de archivo. Soldados del Ejército Nacional de Colombia hacen guardia durante una operación de erradicación de cultivos de coca en Tarazá, en el departamento de Antioquia, Colombia, 10 de septiemre, 2019. REUTERS/Luis Jaime Acosta

Nesta quarta-feira, 13 de abril, a Ouvidoria reiterou a importância de avançar na investigação judicial para esclarecer os fatos ocorridos em meio à polêmica operação realizada pelas forças públicas em Puerto Leguizamo, Putumayo, na qual civis foram mortos.

Isso foi afirmado pelo Provedor de Justiça, Carlos Camargo, que indicou que desde 29 de março, um dia após a realização da operação dirigida contra dissidentes das FARC, a entidade vem realizando missões humanitárias na região do Alto Remanso, nas quais diferentes versões da comunidade foram ouvidas, o que relataram um suposto caso de 'falsos positivos'.

Entre as versões coletadas pela Ouvidoria, a comunidade concorda que esta operação, que foi realizada na manhã de 28 de março, data em que terminou um bazar com um grande número de participantes de áreas ao redor desta cidade, teria começado com militares que usavam uniformes outro que deixou 11 pessoas mortas e 5 feridas, incluindo um soldado profissional.

“É imperativo que as autoridades responsáveis pela investigação dos fatos. O Gabinete do Procurador-Geral da Nação, no exercício de seu poder preferencial e o Gabinete do Procurador, com a devida diligência, realizam uma investigação completa e rápida para obter informações claras sobre o ocorrido. Em particular sobre o desenvolvimento da operação realizada em 28 de março”, disse o zagueiro Camargo.

A este respeito, observou que era importante determinar se as regras do direito internacional humanitário eram respeitadas, no que diz respeito aos princípios da precaução, distinção e proporcionalidade, e apelou a uma investigação sobre a existência de outras vítimas para além das identificadas na operação, como apontado por alguns membros da comunidade, que afirmam que as pessoas caíram no rio.

“Apelamos enfaticamente aos grupos armados organizados para que respeitem o princípio da distinção. Não esconda nem use a sociedade civil como escudo urbano. Também é importante que a Ouvidoria enfatize que o propósito dos alertas antecipados é fundamentalmente preventivo e não contém recomendações relacionadas à condução de operações militares ofensivas”, disse o responsável.

Por último, observou que o Gabinete do Provedor de Justiça encontrou um receio generalizado entre a população de barragens que poderiam ser perpetradas por grupos armados ilegais que estão presentes nesta região, razão pela qual apelaram às autoridades nacionais e locais para que tomem as medidas necessárias para atender às necessidades da comunidade.

A Ouvidoria foi uma das primeiras entidades a alertar que no meio desta operação na zona rural de Puerto Leguizamo, o presidente do conselho de ação comunitária, sua esposa, uma criança menor de 17 anos e um governador indígena foram assassinados, uma versão que contrasta com as informações emitidas pelo Exército Nacional, O presidente Iván Duque e o ministro da Defesa Diego Molano.

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