Fundaredes denunciou que os migrantes venezuelanos são “presas fáceis” do tráfico humano

Em seu último relatório, a ONG concluiu que homens e mulheres jovens são “cooptados para se juntarem às fileiras das organizações armadas”

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Funcionarios de Migración Colombia realizan controles sobre el puente que une a las poblaciones de Cúcuta (Colombia) y San Antonio del Táchira (Venezuela), en una fotografía de archivo. EFE/Mario Caicedo
Funcionarios de Migración Colombia realizan controles sobre el puente que une a las poblaciones de Cúcuta (Colombia) y San Antonio del Táchira (Venezuela), en una fotografía de archivo. EFE/Mario Caicedo

A ONG venezuelana Fundaredes denunciou na quarta-feira que os migrantes são “presas fáceis” do tráfico de seres humanos na fronteira entre o país caribenho e a Colômbia, onde, assegurou, tornam-se vítimas de violência de várias formas.

Recrutamento, exploração, tráfico de pessoas, escravidão moderna, prostituição e extorsão são algumas das situações de violência a que os migrantes venezuelanos são submetidos na fronteira colombiano-venezuelana (...) por traficantes de seres humanos”, disse a ONG em seu último relatório sobre migração.

O relatório, intitulado “A figura do 'coiote' se reinventa na fronteira colombiana-venezuelana para atrair migrantes”, concluiu que homens e mulheres jovens, em sua maioria, são “cooptados para se juntarem às fileiras de organizações armadas como o Exército de Libertação Nacional (ELN), os dissidentes das FARC, Frente Bolivariana de Libertação e até o Trem Aragua (quadrilha criminosa venezuelana)”.

A Fundaredes acrescentou que, face ao aumento do número de mulheres que atravessam a fronteira com os filhos e famílias, surgiu uma nova presença irregular nas passagens fronteiriças dos “coiotes” (traficantes de seres humanos), o que representa “grandes e graves riscos” para os migrantes.

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Esta figura do 'coiote', argumentou, “conhecida na fronteira entre o México e os Estados Unidos, tem sua “versão” nas fronteiras dos estados Táchira e Apure com a Colômbia, oferecendo “seus serviços aos migrantes para transferi-los para seu país de destino”.

A organização explicou que o corredor fronteiriço Apure-Arauca é uma das principais rotas migratórias, apesar de, entre 2021 e até agora este ano, ter sido palco de confrontos entre vários grupos guerrilheiros e o Exército venezuelano.

É também um dos mais perigosos, porque os conflitos armados são agravados pelo fato de ser usado por essas organizações para atrair pessoas que acabam nas mãos de redes de tráfico, exploração e escravidão”, ressaltou.

A ONG argumentou que o “desespero” das famílias para “escapar” da crise estimulou a proliferação de “organizações criminosas dedicadas ao tráfico humano, tráfico de crianças, exploração sexual, escravidão moderna e exploração do trabalho”.

Ele pediu à Procuradoria-Geral da Venezuela que investigue violações dos direitos dos cidadãos que migram “à força”, bem como desaparecimentos, extorsões e tráfico de pessoas.

(Com informações da EFE)

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