Diego Molano responde a moção de censura contra ele por operação em Putumayo

O ministro da Defesa continuou a justificar a ofensiva em Puerto Leguizamo e disse que será responsável perante o Congresso e os reguladores

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Colombia's Defense Minister Diego Molano stands during a start of a special operative as a measure to increase security and combat criminal groups at the border between Colombia and Venezuela, at a militar base in Arauca, Colombia February 12, 2022. Picture taken February 12, 2022. REUTERS/Nathalia Angarita
Colombia's Defense Minister Diego Molano stands during a start of a special operative as a measure to increase security and combat criminal groups at the border between Colombia and Venezuela, at a militar base in Arauca, Colombia February 12, 2022. Picture taken February 12, 2022. REUTERS/Nathalia Angarita

O ministro da Defesa, Diego Molano, já reagiu ao anúncio de uma moção de censura que alguns congressistas da oposição apresentaram esta semana, para explicar a operação militar em Putumayo, onde civis teriam sido mortos, que mais tarde foram apresentados como membros de dissidentes das FARC.

Em entrevista coletiva, Molano garantiu que participará de qualquer sessão de controle político a que for citado, “como deveríamos em nosso papel”, e diz estar confiante de que as Forças Militares e a Polícia estão fazendo o possível para “combater os inimigos da Colômbia para garantir a vida e a tranquilidade dos colombianos em qualquer canto do país”.

Além disso, o chefe da pasta da Defesa disse que estaria disposto a responder às decisões tomadas nesse debate. Ele também disse que colaborou e continuará a fazê-lo com informações para que o Gabinete do Procurador-Geral e o Gabinete do Procurador-Geral da Nação realizem investigações que considerem apropriadas e que investigações internas estejam sendo realizadas dentro da Segurança. Forças.

No entanto, ele insistiu que a operação realizada na aldeia Alto Remanso, sob a jurisdição do município de Puerto Leguizamo, era “contra os dissidentes das FARC dos comandos de fronteira”. Ele se referiu a eles como:

Um grupo de congressistas da Aliança Verde, da Lista da Decência, do Partido dos Comuns e do Partido Liberal apresentou em 12 de abril a proposta para o debate na Câmara dos Deputados.

No texto, eles garantiram que as reportagens jornalísticas que desvendaram o escândalo têm testemunhos, fotografias e provas documentais que mostrariam que a operação militar ocorreu na presença de civis e em meio à atividade comunitária.

Os congressistas garantiram que entre os mortos estão o presidente do Conselho de Ação Comunitária, sua esposa grávida, o governador indígena da reserva e um menor.

Por enquanto, a data do debate só será conhecida após a Páscoa, já que a presidente da Câmara, Jennifer Arias, tem apenas 10 dias para agendá-lo.

Desde que assumiu o cargo e em seus 14 meses de trabalho, é a terceira convocação que Diego Molano recebeu para um debate sobre a moção de censura no Congresso colombiano por sua gestão no Ministério da Defesa. Os dois primeiros não tiveram sucesso devido à falta de votos, então Molano conseguiu manter sua posição.

A primeira vez que uma moção de censura foi solicitada contra ele, o ministro teve que responder por uma operação realizada pelas forças de segurança contra dissidentes das FARC em março de 2021. Vários menores morreram naquela ocasião, mas Molano justificou o ataque dizendo que os guerrilheiros usam “o recrutamento de jovens para transformá-los em máquinas de guerra” e os usam como escudos humanos.

A segunda vez teve a ver com o excesso de alcance das forças de segurança no âmbito da Greve Nacional de abril de 2021, que incluiu ações como prisões arbitrárias, abuso sexual e homicídios contra civis.

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