Na terça-feira, 12 de abril, a Procuradoria Geral da República anunciou que um juiz do município de Cumarimbo, Vichada, emitiu uma medida de garantia contra quatro indivíduos acusados de crimes contra o meio ambiente cometidos neste departamento na Amazônia colombiana.
Esta medida de garantia restritiva de liberdade foi emitida pelo juiz contra Marcos Pónare González, Leonardo Caribán, Ángel Pónare Caribán e Carlos Alberto Gaitan Gaitan, que alegadamente cometeram crimes de desmatamento em sucessivas competições heterogêneas com danos aos recursos naturais e ecocídio e concerto para cometer crimes, nesta cidade no sul do país.
“De acordo com as investigações, as ações dos capturados foram sistemáticas e não responderam aos pedidos das vítimas para não continuar o desmatamento em grande escala”, disse o Ministério Público, que explicou que esses sujeitos haviam queimado e derrubado grandes áreas de florestas nativas “afetando a água corpos, flora, fauna e, em geral, recursos naturais”.
De acordo com as alegações das vítimas dessas violações contra os recursos naturais e o meio ambiente, os capturados cometem esses crimes desde janeiro de 2013, ou seja, há 9 anos, nos quais afetaram mais de 25 hectares que pertenceriam às fazendas La Envidia e La Libertad localizadas na aldeia La Malicia, uma área rural do município de Cumaribo, na Amazônia colombiana.
O Ministério Público indicou ainda que as pessoas detidas, embora não aceitassem os crimes cometidos contra elas pelo juiz que legalizou o processo de buscas e prisões voluntárias, foram abrigadas por meio de seguro fora dos muros, no entanto, o juiz concedeu essa medida em um” casa indígena especial que eles têm para esses casos, respeitando a cosmologia, cultura e costumes das comunidades indígenas do departamento”.
A Procuradoria-Geral da República alertou, em 31 de março, que os números do desmatamento na Amazônia colombiana são alarmantes e são necessárias medidas urgentes para garantir a proteção, conservação e recuperação das florestas nativas ameaçadas por diversas atividades ilegais.
Isso foi alertado pela procuradora-geral da Nação, Margarita Cabello, no meio da “Mesa Nacional de Combate ao Desmatamento na Região Amazônica”, na qual assegurou que, apesar dos esforços institucionais para conter o desmatamento nesse importante ecossistema estratégico, existem deficiências no articulação de medidas por parte das instituições do Estado e sua implementação nos territórios.
“A Amazônia colombiana é um tesouro ecológico ameaçado pelo aumento do desmatamento. Os números são preocupantes e nos obrigam a agir imediatamente. Não podemos permitir que nossos filhos estejam vivendo em meio a um cenário de atividades ilegais que diariamente destroem nossos recursos naturais”, disse a promotora durante sua intervenção neste espaço, para o qual foram convocadas 30 entidades nacionais e departamentais.
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