A jornalista Denise Dresser atacou o presidente, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), pela posição tomada após o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a crise dos desaparecimentos no México.
Questionado pelas ações que sua administração tomará para coibir esse problema, o chefe do Executivo disse que continuará a “enfrentar as campanhas de difamação” da mídia, como apontou, a presidida pela jornalista, Carmen Aristegui — a quem acusou de praticar simulação.
É por isso que Dresser derrotou o Tabasqueño, porque além de não dar uma resposta clara à pergunta, ele novamente expôs um jornalista em meio ao clima de violência que também atingiu a guilda com maior intensidade, especialmente durante o período de seis anos Morenista.
Em 13 de abril, o Comitê de Desaparecimento Forçado (CED) da ONU exigiu que Andrés Manuel devolvesse o exército ao quartel porque, devido ao contexto histórico do país, a militarização tem sido insuficiente e inadequada.
No entanto, em sua conferência matinal, o presidente negou essas declarações ao apontar que o órgão “não tem todas as informações”, nem “eles agem com adesão à verdade”: “Estes não são mais os tempos anteriores”, exclamou.
Em seu relatório, o Comitê também observou que o crime organizado e os servidores públicos foram os principais responsáveis pelo preocupante aumento dos desaparecimentos de crianças, adolescentes e mulheres no país, cujo valor é 98.883.
Nesse ponto, López Obrador reafirmou sua confiança na estratégia do Ministério do Interior (Segob), bem como no Plano de Busca, que ele disse ser “um dos melhores do mundo” em termos de profissionalismo e trabalho.
Isso apesar do fato de que o relatório da ONU expressou preocupação de que o Registro Nacional de Pessoas Desaparecidas e Não Localizadas seja o único em operação daqueles previstos na Lei Geral sobre Desaparecimento Forçado de Pessoas, Desaparecimento Cometido por Indivíduos.
De acordo com informações fornecidas pelo Estado, em 26 de novembro de 2021, apenas uma pequena porcentagem dos casos de desaparecimento de pessoas, entre 2% e 6%, havia sido processada, e apenas 36 sentenças haviam sido emitidas em casos de desaparecimento de pessoas em todo o país.
Foi nesse sentido que as recomendações da Organização foram orientadas, tais como: o fortalecimento urgente dos processos de busca e investigação; o fornecimento de apoio humano e financeiro adequado à Comissão Nacional de Busca e às comissões locais; e a garantia sistemática e efetiva coordenação de todas as instituições envolvidas no processo de busca, investigação, reparação e acompanhamento das vítimas.
Ele também pediu ao Governo Federal para atender à crise forense, que atualmente responde por mais de 50 mil mortes não identificadas que se encontram em valas comuns, instalações de serviços forenses, universidades e centros de proteção forense. Isso, sem considerar os corpos não localizados, nem fragmentos de restos humanos.
CONTINUE LENDO: