A Ucrânia alertou que não pode controlar a radioatividade em Chernobyl devido aos danos que a usina sofreu durante a ocupação russa

As autoridades explicaram que não há eletricidade e que o sistema de monitoramento do nível de poluição na zona proibida não funciona: “Os servidores que lidam com essas informações desapareceram”

Foto de archivo de la estructura que cubre el reactor 4 de la central nuclear de Chernóbil. April 5, 2017. REUTERS/Gleb Garanich/

As autoridades ucranianas não estão conseguindo restaurar as instalações de vigilância de radioatividade em Chernobyl, no norte da Ucrânia, onde soldados russos criaram uma rede subterrânea quando ocuparam o local do pior acidente nuclear já ocorrido.

“O sistema de monitoramento do nível de radioatividade na zona proibida ainda não está funcionando”, disse Evguen Kramarenko, chefe da agência estatal responsável pela zona proibida em Chernobyl.

“Os servidores que lidam com essas informações desapareceram (...) não podemos dizer se (a área) está completamente segura”, acrescentou durante uma videoconferência seguida pela AFP.

“Até que a eletricidade seja restaurada e os funcionários não tenham autorização das forças armadas para acessar os postos de controle de radioatividade, não podemos avaliar os danos sofridos”, disse.

Kramarenko assegurou ainda que “os ocupantes russos haviam cavado em vários lugares” em Chernobyl, onde o acidente nuclear ocorreu em abril de 1986.

“Eles enterraram equipamentos pesados, criaram trincheiras e até montaram cozinhas subterrâneas, tendas e fortificações”, disse. “Uma dessas fortificações está localizada perto de um local para o descarte temporário de resíduos radioativos”, alertou.

O exército russo havia apreendido a usina nuclear no primeiro dia da ofensiva de Moscou contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

De acordo com as autoridades ucranianas, ele se retirou no final de março.

Os soldados russos “muito em breve” sentirão os efeitos da radiação, alertou Kramarenko. “Alguns dentro de um mês, outros dentro de anos”, disse.

Nota de desenvolvimento...

(com informações da AFP)

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