Vítimas protestaram contra a decisão do governo de Duque de não permitir a participação em uma audiência perante o Conselho de Segurança da ONU

Os atores sociais enviaram comunicações recusando-se a não serem levadas em consideração na discussão sobre a implementação do Acordo de Paz

FOTO DE ARCHIVO: La asamblea del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas reunida en la sede de la ONU en Nueva York, Estados Unidos, el 29 de marzo de 2022. REUTERS/David 'Dee' Delgado

Uma série de cartas enviadas por líderes sociais ao Conselho de Segurança das Nações Unidas expressaram seu desacordo com a decisão que teria sido tomada pelo presidente Iván Duque, que discutirá os progressos realizados na implementação do Acordo de Paz antes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, agendado às 9:00 da manhã desta terça.

Há 92 organizações de organizações da sociedade civil que levantaram suas vozes de protesto aos representantes da organização multilateral, de acordo com uma versão entregue pelo jornalista Felix de Bedout à estação W Radio.

Entre os citados por de Bedout estão Carlos Vaca, vítima e presidente da Immigrant Care Service Foundation representando 92 organizações da sociedade civil, Armando Wouriyu Balvuena, Secretário-Geral da Instância Especial de Alto Nível para Povos Étnicos (IEANPE) e Richard Moreno Rodríguez, coordenador do Conselho Nacional para a Paz Afro-Colombiana (CONPA).

A W Radio cita um trecho da carta escrita por Vaca que estabelece a voz de protesto contra a exclusão dessas organizações na importante reunião desta terça-feira:

Continuando a reivindicação contra o que poderia ser um bloqueio presidencial contra as vozes das vítimas, Armando Wouriyu Balvuena e Richard Moreno indicaram que: “Além disso, estamos preocupados que, mais de cinco anos após a assinatura do Acordo de Paz, políticas públicas para o desmantelamento de grupos armados ilegais projetados no Acordo nunca foi apresentado ou implementado pelo Estado colombiano, quando, são esses grupos armados que diariamente violam nossas comunidades, recrutam nossos filhos e procuram ativamente assassinar nossos membros”.

Eles acrescentaram ainda que: “Nunca seremos enfáticos o suficiente para enfatizar a importância do apoio e da atenção do Conselho de Segurança, como o da comunidade internacional implantada e mobilizada diariamente na Colômbia, sem a qual não teríamos voz ou esperança de remediar o que estamos cientes. daqui.”

Apesar do motivo da reclamação entre os representantes das organizações sociais, os signatários apreciaram que a organização mantém total apoio para a implementação do Acordo de Paz na Colômbia.

Estes são os documentos associados à presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O presidente Ivan Duque ficará nos Estados Unidos por três dias para cumprir suas funções como chefe de estado. Em 12 de abril, o presidente colombiano falará no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a implementação do Acordo de Paz no país.

Esta é a primeira vez que Duque fala perante o referido Conselho, onde apresentará um relato detalhado dos progressos realizados na implementação da política Paz com Legalidade durante sua administração. O presidente será acompanhado pela vice-presidente e ministra das Relações Exteriores, Marta Lucía Ramírez; pelo embaixador da Colômbia na ONU, Guillermo Fernández de Soto, e pelo Assessor Presidencial para Estabilização e Consolidação, Emilio Archila.

“A paz com a legalidade é uma realidade, e é bom que entendamos que, como não tem proprietários e também faz parte de uma construção coletiva, reconhecemos o que está sendo construído em conjunto: os triunfos da Colômbia pertencem a todos os cidadãos”, disse o chefe de Estado. Ele também garantiu que o mais importante é que, “quando a paz é construída, estamos semeando alegria nos corações de cada cidadão”.

Entre as conquistas que o presidente destacará, ele destacará os avanços alcançados na Lei das Vítimas e o apoio que deu a ela a 12.826 ex-membros das extintas FARC, estendendo até 2031 os benefícios que foram extintos em agosto de 2019. “8.556 ex-combatentes têm um projeto produtivo ou um empreendimento econômico. Isso é feito por meio de 4.063 projetos individuais e coletivos”, relatou a Presidência da República.

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