“Um falso positivo é a violação mais flagrante dos direitos humanos”: Íngrid Betancourt referiu-se à operação do exército em Putumayo

O candidato do partido Oxigênio Verde disse que esses eventos não podem continuar se repetindo na Colômbia.

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Em 28 de março de 2022, o Exército Nacional revelou que uma operação militar realizada na aldeia Alto Remanso, no município de Puerto Lequizamo, em Putumayo, resultou na morte de 11 pessoas que, segundo as autoridades, eram membros dos dissidentes das FARC. Com o passar das semanas, investigações e depoimentos revelaram que poderiam ser execuções extrajudiciais. Os mortos eram civis.

Entre as 11 pessoas falecidas estão vários civis, como um menor, uma mulher grávida, um governador indígena e o presidente do Conselho de Ação Comunitária. Os testemunhos revelados nos últimos dias mostraram que um massacre realizado pelo Exército Nacional havia sido cometido no local do confronto e que haveria uma possível manipulação no local dos acontecimentos e dos corpos das pessoas.

Essa situação teve como alvo os policiais e causou enorme polêmica entre as pessoas nas redes sociais. Os candidatos presidenciais também falaram após o ocorrido e os resultados das investigações. A candidata do partido Oxygen Green, Ingrid Betancourt, condenou os fatos e afirmou que os militares envolvidos nos eventos devem responder, mas nem todo o Exército Nacional deve ser questionado como instituição.

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“O que aconteceu em Putumayo é inédito e, infelizmente, muito comum na Colômbia”, disse a candidata presidencial Ingrid Betancourt em declarações publicadas na Semana. Ele também destacou que, “isso é muito sério, porque supondo que eles queriam encontrar criminosos, eles tinham todas as possibilidades na frente de uma população desarmada para verificar as identidades de cada um dos presentes lá. Eles não tinham desculpa, não há justificativa para essa caçada, matando pessoas de longe e escondidas”.

O candidato presidencial destacou a importância da inteligência civil e ressaltou que “esses eventos não podem continuar sendo o pão de todos os dias na Colômbia. Estamos falando sobre o fato de que precisamos de forças públicas, que a força pública deve estar coordenando com a inteligência militar, mas também com inteligência populacional, inteligência civil.”

Para que haja força de lei, o Ministério Público tem que estar presente, não podemos continuar a ter um Ministério Público que viaje em helicópteros militares justamente para investigar os eventos cometidos por militares”, disse Ingrid Betancourt, que garantiu que os eventos poderiam ser isolados situações e não seria uma responsabilidade de todas as forças de segurança.

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“Temos o Exército da região. O melhor exército é o colombiano. Sabemos que temos soldados comprometidos com a defesa e a segurança dos colombianos (...) Retribuir à nossa instituição o exemplo moral e a autoridade para que nossa população se sinta protegida por nossas forças públicas”, disse Ingrid Betancourt.

Em suas redes sociais, a candidata do partido Green Oxygen também se referiu a essa situação e condenou o ocorrido. “Um falso positivo é a violação de direitos humanos mais flagrante da história recente. Não pode haver impunidade. O governo tem que fazer o que for preciso para esclarecer. O Estado tem que nos proteger para recuperar a confiança e permitir a reconciliação”.

Infobae

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