Profepa resgatou um bebê jaguar no Aeroporto Internacional de Yucatan

A cópia de três meses foi transferida para dentro de uma caixa de madeira, no entanto, o Gabinete do Procurador-Geral detectou irregularidades na documentação que sustentariam sua posse.

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A Procuradoria Federal de Proteção Ambiental (Profepa) resgatou uma onça-pintada preta (panthera oca) após uma operação no Aeroporto Internacional de Mérida, em Yucatán.

Por meio de suas redes sociais, o órgão detalhou que o animal de aproximadamente 3 meses foi confiscado após uma operação para impedir o tráfico ilegal de espécies — um dos ilícitos mais lucrativos apenas atrás do tráfico de drogas, tráfico de pessoas e produtos falsificados.

Uma vez segurado, a Procuradoria-Geral da República identificou que o filhote tinha um microchip de identificação, no entanto, os documentos apresentados para sua posse apresentavam irregularidades.

Assim, a onça foi abrigada nas instalações da Unidade de Manejo de Conservação da Vida Selvagem (UMA), especialmente depois que foi confirmado que a espécie está na categoria de risco de extinção.

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Deve-se notar que, embora o tráfico ilegal de espécimes, partes e derivados da flora e fauna silvestres seja um crime punível com até nove anos de prisão e multas equivalentes a 300 a 3.000 dias de multa, o México continua registrando achados irregulares de animais exóticos.

Foi o caso em 12 de março, quando a Profepa resgatou um exemplar de um tigre de bengala que estava dentro de uma casa em Chimalhuacán, no Estado do México (Edomex).

Antes e durante a operação de resgate, as autoridades conseguiram identificar o animal que estava enfiando a cabeça para fora da janela da casa onde estava abrigado em condições irregulares de saúde e segurança.

A cópia foi disponibilizada para um (UMA) para receber a atenção e os cuidados necessários. Enquanto isso, não houve prisões de nenhum suposto autor do crime.

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O tráfico de animais exóticos é um dos negócios ilegais que mais gera dinheiro, atrás apenas do tráfico de drogas, tráfico de pessoas e produtos falsificados. Isso se deve à disponibilidade de grandes lucros e à natureza de baixo risco do ilícito.

“Esse comércio ilegal é baseado em uma rede de tráfico organizado, onde existem diferentes níveis de ação e diferentes componentes (...) que juntos formam toda uma cadeia. (...) Nos últimos anos, a participação do crime organizado aumentou significativamente.”

Nesse cenário, o México tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento dessas práticas, devido à sua biodiversidade e localização geográfica que facilita a comunicação com vários países das Américas do Norte, Central e do Sul.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semarnat), alguns dos países que se destacam por sua participação conjunta em tais ilícitos com o México são Estados Unidos, Canadá, Guatemala e Belize, na América; Espanha e Alemanha, na Europa, e China na Ásia — continente listado como o mais procurado.

Entre as espécies de fauna mais comercializadas ilegalmente em território asteca estão o periquito de cabeça amarela, a arara vermelha e verde, o tucano de peito amarelo, o macaco-aranha e bugio, a tarântula de joelho vermelho, a iguana preta e verde, as cascavéis.

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