Polícia desmonta quadrilha criminosa 'Los bravos del sur', dedicada ao roubo de veículos em Lima

Agentes do DIVIAC prenderam o suposto líder da quadrilha criminosa, que em 2019 teria roubado cerca de 50 veículos na cidade.

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Na manhã de 12 de abril, agentes do DIVIAC e das forças especiais da Polícia Nacional Peruana (PNP) desmantelaram a quadrilha criminosa 'Los Bravos del Sur', dedicada ao roubo de veículos e autopeças, no distrito de O agostiniano.

A operação começou por volta das 2h da manhã, quando foram para a casa do líder da banda, onde o prenderam. Essa banda roubou pelo menos 50 veículos em 2019.

O modus operandi dos criminosos incluía roubo, quebrando seus crachás e desativando seus alarmes, e depois extorquindo vítimas. Caso não cumprissem suas reivindicações de devolução do carro, eles os desmontaram. No local até foi encontrado o carro, com uma fachada de táxi, que eles usaram para “reservar” suas vítimas.

Além do suposto líder de 'Os Braves do Sul', eles capturaram outros 12 membros. Também foram encontrados quatro veículos, um desmontado recentemente e dezenas de celulares.

As autoridades informaram que 18 pontos intervieram na capital. Lojas na área conhecida como San Jacinto e uma cela na prisão de Lurigancho também fizeram parte do ataque.

O chefe do DEVIAC, coronel Franco Moreno, informou que encontraram 39 cartões de propriedade, das vítimas, e S/39 mil soles. Eles também encontraram evidências do desmantelamento dos carros.

Duas delegacias também foram invadidas, uma em Manchay e outra em Huachipa.

Eles capturaram o líder dessa banda, que opera desde 2019 | VÍDEO: TV Perú

GANGUES CRIMINOSAS EM EL AGUSTINO E LIMA COBRAM COTAS

Em 5 de março, após algumas semanas do assassinato de dois estrangeiros no centro de Lima, um assassino assassinou o colombiano Yicel, de 19 anos. Alexandra Villamaria Calanca anos, no auge de Puente Nuevo, no distrito de El Agustino.

A jovem era uma trabalhadora do sexo e teria se recusado a pagar espaço para 'máfias sexuais' estrangeiras, um grupo de criminosos colombianos e venezuelanos. Testemunhas comentaram que um homem de estatura média que estava perto da área se aproximou da mulher e atirou nela. Aparentemente, o assassino estaria procurando por ela, já que ela havia retornado recentemente da Colômbia há algumas semanas.

“Ela já estava recebendo ameaças assim como todas as meninas que trabalham aqui. Eles queriam carregá-lo de 100 a 200 soles. Não entendemos por que esses caras não foram presos. Ela não queria pagar as cotas”, disse um amigo da vítima ao La República.

Policiais da Delegacia de Santoyo chegaram ao local do crime para cercar a cena do assassinato. Como disse a amiga da colombiana, a investigação aponta para um acerto de contas para a cobrança de cotas para profissionais do sexo, disse o comandante do Dipincri de El Agustino.

“Há câmeras aqui. Queremos que peguem o culpado, porque se continuarem assim, vão matar todas as garotas. A polícia estava na área, mas eles não podiam fazer nada. Seus companheiros (de Yicel) foram mortos há um mês”, acrescentou Castro.

Recorde-se que há algumas semanas também houve um ataque a três profissionais do sexo em El Agustino. As mulheres fugiram para uma loja de brinquedos na mesma rua, mas uma delas ficou ferida.

Essas chamadas 'máfias sexuais' são compostas por cafetões colombianos e venezuelanos que estão espalhando terror em vários distritos, como El Agustino, Cercado de Lima, Lince e San Martín de Porres, ameaçando pedir cotas às trabalhadoras do sexo para permanecer naquele lugar.

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