O vereador da cidade de Bogotá revelou a identidade dos supostos autores do ataque homofóbico em Bogotá

O incidente ocorreu no último sábado em frente ao teatro Astor Plaza, quando os dois homens agrediram um casal do mesmo sexo, que se refugiou em um prédio próximo, que foi vandalizado pelos agressores

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Nos últimos dias, houve casos de ataques contra a população LGBTI+ na Colômbia. De fato, nos últimos meses, assistimos a uma série de crimes de ódio registrados em Medellín, onde seis homens foram mortos apenas por fazerem parte dessa comunidade.

Em Bogotá, em 10 de abril, um usuário do Twitter relatou um grave ato de homofobia no norte da cidade. Segundo Mayra Corredor, no último sábado, às 3 da manhã, ela conheceu um grupo de amigos à espera de um táxi e havia um casal de gays nas proximidades, também esperando transporte para a saída do Astor Plaza. Ela relatou que chegaram dois homens que começaram a espancar e insultar o casal na frente de todos que estavam no local.

Agora, informações sobre a identificação dos agressores estão circulando nas redes sociais. “Os supostos agressores nesses crimes de ódio são Andres Lara (1) e Brayan Nemocon (2). Por favor, tenha cuidado e informe se você os vir na rua. O Ministério Público quer verdade e justiça neste caso”, diz a mensagem publicada por Luis Carlos Leal, vereador de Bogotá.

Nas redes sociais, a identidade dos responsáveis já é tendência, e os usuários estão pedindo ação imediata por parte das autoridades competentes. Por enquanto, nem o prefeito nem a Secretaria de Segurança chefiada por Aníbal Fernández de Soto nem a Polícia de Bogotá comentaram o assunto.

“Do nada, dois caras desconhecidos vêm atingi-los. Eles derrubam um de um punho e o chamam de “por um viado”. Nós (que éramos quatro de nós) sem entender nada e em choque, só reagimos até o segundo golpe. Para um viado”, disse Mayra Corredor no Twitter.

Então, o grupo de quatro pessoas começou a gritar com os agressores para que eles não batessem mais nos casais, que também decidiram atacá-los.

“Começamos a gritar coisas para eles pararem de atingi-los e depois nos tornamos o alvo. O que me lembro a partir de então é confuso, suponho que por causa da adrenalina daquele momento”, continua a mulher.

Segundo a jovem, eles conseguiram tirar uma arma de um dos agressores graças à ajuda de um ordenado de onde estavam sendo agredidos, mas um dos homens conseguiu acertá-la com um pau no rosto.

“O fato é que conseguimos derrubar um e tirar uma faca que ele tinha, enquanto o outro do nada prepara um pau para tudo. Nesse momento, o ordenado sai do prédio com um tambor. Golpes vêm e vão e nisso o homem consegue me bater com o pau na minha cara”, acrescentou.

E ressaltou que “os dois caras pegaram e ainda não pararam. Eles estavam atirando para matar. A situação já havia saído do controle, havia sangue por toda parte e decidimos entrar no prédio. Uma vez lá dentro, as crinas começam a atirar pedras na porta de vidro que tinha a entrada. As crinas quebram a porta e vão terminar o que encontram. Nós quatro e os dois meninos começamos a subir no prédio enquanto os vizinhos começaram a sair com paus e coisas para detê-los”.

Corredor informou que, apesar de terem tentado entrar em contato com a Polícia Nacional, esta nunca chegou ao local do incidente e anexou um vídeo dos agressores.

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