Migrações deveriam ter previsto essa contingência anos atrás, diz o presidente da Aspec

Uma parada no sistema de emissão de passaportes causou uma crise no primeiro terminal aéreo peruano. Era um fato que poderia ser evitado, diz defensor do consumidor.

Hoje foi uma segunda-feira caótica no Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, pois a impressão de passaportes foi interrompida devido a uma falha no sistema. Isso gerou grandes filas e desconforto entre os viajantes que não puderam viajar devido à falta desse documento. Segundo o chefe de migração, Jorge Fernández, esse problema não foi causado pela falta de livros de passaporte, mas porque o computador o sistema falhou e não permitiu a impressão de passaportes.

“Já está sendo impresso no aeroporto, e esperamos resolver a contingência o mais rápido possível”, observou.

Ele explicou que quando um livro de passaporte entra no sistema de impressão ele fica vazio porque não há identificação. “Não se torna um passaporte, e esse é o problema que temos agora.”

Nesse sentido, Crisologo Cáceres, presidente da Associação Peruana de Consumidores e Usuários (Aspec), disse que a explicação oficial é que houve uma falha geral no sistema de impressão de passaportes, o que fez com que muitos passageiros perdessem seus voos. Eles argumentam que o sistema operacional acima mencionado é muito antigo desde que foi comprado em 2014 e que não foi atualizado e substituído por um melhor e mais moderno. É por isso que ele desmaiou.

“O impressionante é que, anos atrás, a Migraciones teve que prever essa contingência e coordenar com o MEF a compra de uma nova plataforma. É incompreensível por que não foi feito”, disse o especialista.

Quanto aos afetados, dezenas de pessoas perderam seus voos devido a essa falha. Enquanto outros decidiram pagar a multa para poderem mudar a data de seus voos. Uma senhora afirmou ter pago mais de 4 mil solas por esse conceito pelos ingressos de oito de seus parentes.

Cáceres afirma que os passageiros não podem ser prejudicados por um ato completamente estranho a ele porque, precisamente um de seus direitos sob o Código do Consumidor, é a proteção de seus interesses econômicos. Além disso, de acordo com o Princípio Pró-Consumidor, em qualquer área de sua ação, o Estado exerce ação protetora em favor dos consumidores.

Consequentemente, ele disse que cabe às Migrações, que faz parte do aparato estatal, “projetar e implementar as medidas necessárias para garantir que os consumidores lesados sejam compensados, o que é aconselhável que eles coordenem com as companhias aéreas. Caso contrário, eles terão que ir para a Indecopi”.

O chefe da migração disse que estão a ser feitos trabalhos sobre um projeto a ser submetido ao Ministério da Economia e Finanças (MEF), que envolve 301 milhões de soles, o que permitirá que o sistema de fornecedores estrangeiros seja atualizado e independente, e não depender de terceiros para a emissão de passaportes.

Superintendente de Imigração justifica falta de passaportes | VÍDEO: Canal N

SERVIÇOS ESTADUAIS

O chefe da Aspec afirma que o Estado é o principal provedor de serviços do país e deve garantir que esses serviços sejam o mais adequados possível. No entanto, isso geralmente não é o caso. “Nesses casos, os consumidores podem solicitar o livro de reclamações. Nesse sentido, deve-se lembrar que, de acordo com o D.S. nº 042-2011-PCM, todas as entidades da administração pública devem ter uma”, disse.

Nesse caso, a entidade pública é obrigada a responder ao usuário, por meios físicos ou eletrônicos, no prazo máximo de 30 dias úteis, informando-o, se houver, das medidas tomadas para evitar a ocorrência de eventos semelhantes no futuro.

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