O acidente de trânsito que Freddy Rincón sofreu na madrugada desta segunda-feira em Cali tem o mundo do futebol na ponta dos pés. Milhares de torcedores, de personalidades esportivas a clubes de todo o mundo, enviaram mensagens de apoio clamando pela saúde do ídolo do futebol nacional.
De acordo com o relatório médico mais recente, o estado de saúde do ex-jogador de futebol “permanece muito crítico”, então os médicos da clínica Imbanaco, onde ele está internado, disseram que “seu prognóstico ainda é muito secreto”. Está programado que, por volta das 15h30 desta terça-feira, uma nova atualização sobre o status do benchmark esportivo seja anunciada.
Em meio à incerteza, o técnico colombiano Jorge Luis Pinto falou com o programa 'Sports Blog' na Blu Radio, onde revelou várias anedotas particulares da época em que dirigiu Rincón no Independiente Santa Fe. Precisamente, o 'Colosso de Buenaventura' estreou como profissional no grupo 'León', em 1986.
De 1986 a 1987, Pinto foi encarregado de mostrar Freddy na primeira divisão do futebol colombiano e, como ele disse, suas notáveis habilidades físicas e técnicas permitiram que ele se adaptasse facilmente a várias posições em campo: “Na única posição que ele perdeu de jogar foi como goleiro... Um dia eu o coloquei no marcador de ponta, outro da central”.
Com o tempo, Rincón acabou se tornando uma parte fundamental da equipe 'Cardenal'. Isso foi reconhecido por Pinto, que confessou ter dado a conhecer aos outros membros daquele esquadrão: “Em uma reunião com o grupo de Santa Fé, de volta a La Florida, contei a eles sobre os objetivos dessa equipe. E havia Freddy Rincón e outros dez... Eles ficaram todos em silêncio quando eu disse isso a eles.”
Em 2010, o 'Colossus' estreou como treinador adjunto do brasileiro, Vanderlei Luxemburgo, no Atlético Mineiro; no entanto, em 2019 também acompanhava Pinto no banco dos Milionários. Esta última experiência, como explica o treinador do Santander, foi vital para o desenvolvimento dos futebolistas do 'Embaixador'.
“Freddy tem muito futebol, ele é um grande conselheiro para os jogadores, por causa de sua imagem, para o seu mundo do futebol, para toda a passagem da Selección Colombia, o que me parece que o jogador tem muito acesso a ele. Ele é muito próximo dos jogadores e os jogadores o amam e o admiram muito”, acrescentou.
Finalmente, o estrategista colombiano contou sobre uma conversa que teve com Gabriel Ochoa Uribe, então treinador do America de Cali: “Ele me ligou um dia para me perguntar sobre alguns jogadores e eu disse 'doutor, você sabe quem pode marcar Freddy Rincón? '. E o médico me respondeu: 'Sim, claro, ninguém o marca. '”
Um dos momentos que, sem dúvida, marcou a carreira de Freddy Rincón foi o gol da seleção alemã na Copa do Mundo de 1990, na Itália. A equipe da Colômbia fez parte do Grupo D junto com a Iugoslávia, Emirados Árabes Unidos e a equipe 'Teuton', então vice-campeã mundial.
O 'Tricolor' chegou ao último jogo da fase de grupos contra a Alemanha precisando de um bom resultado, o que lhe permitiria se classificar nos oitavos-de-final como melhor terceiro. Os europeus abriram a conta no minuto 88' através de Pierre Littbarski. No entanto, a Colômbia alcançou o épico após uma assistência magistral de Carlos Valderrama para Rincón que, com sua perna longa, definida pelo meio das pernas do goleiro Bodo Illgner.
“De uma partida dessas, que é histórica, tudo é lembrado. Lembro-me de tudo e claro da tensão, a expectativa era muito grande. O significado era ótimo, porque era um país que estava procurando por uma alegria que demos a eles por causa da situação que estavam passando. E felizmente conseguimos”, contou o 'Colosso de Bonaventure' no 30º aniversário desse feito.
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