“Deve haver pressão social para que a moção de censura prospere”: María José Pizarro anunciou debate contra o ministro da Defesa

O representante da Câmara ressaltou que esta não é a primeira vez que Diego Molano enfrenta um caso como o de Putumayo.

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Colombia's Defense Minister Diego Molano stands during a start of a special operative as a measure to increase security and combat criminal groups at the border between Colombia and Venezuela, at a militar base in Arauca, Colombia February 12, 2022. Picture taken February 12, 2022. REUTERS/Nathalia Angarita
Colombia's Defense Minister Diego Molano stands during a start of a special operative as a measure to increase security and combat criminal groups at the border between Colombia and Venezuela, at a militar base in Arauca, Colombia February 12, 2022. Picture taken February 12, 2022. REUTERS/Nathalia Angarita

Após a operação realizada pelo Exército Nacional em Puerto Leguizamo, Putumayo, a controvérsia sobre sua legitimidade continua, bem como críticas à posição do Governo Nacional, sobre depoimentos indicando que isso seria um “falso positivo”. A deputada María José Pizarro, uma das palestrantes da moção de censura contra o ministro da Defesa, falou com a deputada María José Pizarro, que insiste que deve haver pressão social, para que seja realizada com sucesso, além disso, expressou sua preocupação com a relação de alguns órgãos de fiscalização e a presidência da República.

Em diálogo com a W Radio, Pizarro explicou que essa dinâmica é necessária tendo em vista que o procedimento realizado pelo Exército Nacional deve ser estudado, e que foi endossado pelo próprio governo, uma vez que a participação das Forças Militares foi crucial para a mesma polêmica, porque, embora a parte oficial indique que as vítimas registradas foram de membros dos dissidentes das FARC, a população aponta muito o contrário.

Diante do processo a ser realizado pelo congresso, o representante disse: “A justiça tem que seguir em frente, tem que revelar o que realmente aconteceu, mas o que temos que salientar é que foi um mau procedimento por parte das Forças Armadas, um procedimento em que civis foram mortos e que claramente teve a participação das Forças Militares, portanto, o controle político deve ser dado ao Ministro da Defesa e a moção de censura deve ser levada adiante”.

Da mesma forma, ele ressaltou que, embora deva haver independência nos diferentes ramos, isso dificilmente é evidente no momento, uma vez que há proximidade entre os órgãos de supervisão e a presidência, porque, neste caso, tanto a Procuradoria-Geral da República quanto outras entidades, eles têm um vínculo estreito com o Presidente da República, conforme indicado pelo deputado.

Em relação às garantias apresentadas para a investigação, o representante da lista de Decentes, apontou: “É algo que temos questionado e é precisamente a falta de autonomia dentro dos poderes, preocupamo-nos que aqueles que lideram os órgãos de controle sejam pessoas muito próximas de a presidência da República, e, portanto, claramente não há garantias de que essas investigações vão avançar. É por isso que, desde o congresso, uma de nossas funções é fazer o controle político e, nesse sentido, se pudéssemos avançar com a moção”.

Ele insistiu que, para que esta moção tenha sucesso, a pressão social deve ser eficiente, pois deve-se notar que, devido à dinâmica desse remédio de controle, os ministros muitas vezes acabam renunciando, fazendo as comparações com o ex-ministro Botero e o ex-ministro Abudinen; porque no caso de Botero, ele renunciou antes da resolução, enquanto que Adudinen, fez isso após a moção de censura.

Sobre a posição da sociedade, o deputado disse: “deve haver pressão social, o que claramente esperamos, é que o presidente Duque esteja à beira de sair, tudo o que acabamos de vivenciar durante seus quatro anos de excessos, fracassos, crimes por parte das Forças Públicas, uma moção de censura pode prosperar, mas para isso, precisamos de pressão social”.

Ele também acrescentou que esta não é a primeira vez que Molano é citado pelas câmeras, motivo que demonstraria uma ação repetitiva por parte do gerente de portfólio, já que no contexto da greve nacional ele também foi questionado pelo comportamento militar em todo o território e seu suposto violação dos direitos humanos contra a comunidade que estava se mobilizando.

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