Sem dúvida, um dos personagens mais proeminentes da história do México foi o ex-presidente Porfirio Díaz Mori, que permaneceu no poder por mais de 30 anos, e que foi um dos personagens principais para os quais a Revolução Mexicana começou, na qual outras figuras importantes da história do México estavam envolvidas, como Pancho Villa, Emiliano Zapata e os irmãos Flores Magón.
E é que uma das razões que levaram à eclosão do conflito armado no país foi que Diaz se recusou a deixar o poder, além do fato de que a desigualdade durante seu mandato aumentou acentuadamente, porque apesar de incentivar o investimento estrangeiro, ele também maltratou o classe trabalhadora.
Durante a época do Porfiriato, o presidente ordenou a construção de várias jóias arquitetônicas que até hoje permanecem de pé e que conseguiram se tornar ícones da capital. O Palácio das Belas Artes; o Palácio Postal; o Monumento à Revolução (que inicialmente seria a cúpula de um novo Palácio Legislativo) e o Hotel Geneve, foram algumas das jóias arquitetônicas que foram construídas durante o mandato de Diaz. Um fato importante sobre este último edifício, o Hotel Geneve, é que Porfirio Díaz estava comendo lá em 20 de novembro de 1910, quando soube que a Revolução havia começado.
O Geneve Hotel está localizado em Colonia Juarez, na Cidade do México. Ele está localizado no coração da chamada Zona Rosa, na rua de Londres, a alguns quarteirões da Glorieta de los Insurgentes. O luxuoso edifício também faz parte da história da Cidade do México, pois foi construído em 1897 pelos irmãos Gore e inaugurado pela primeira vez em 1907. Este hotel foi renovado para atingir um objetivo claro e ambicioso: o de se tornar uma referência turística na capital mexicana.
O hotel foi considerado um ícone no final do século XIX e início do século XX porque foi o primeiro a implementar os padrões de conforto que os grandes alojamentos agora possuem. Cada quarto já tinha um banheiro completo com chuveiro, pia e vaso sanitário, mas sem os jarros de água da época. Eles tinham torneiras de água quente e fria e espaços mais amplos do que os oferecidos pelos hotéis europeus da época.
Este hotel, um dos mais luxuosos da Cidade do México atualmente, agora é propriedade da pessoa mais rica do México: Carlos Slim Helú. O magnata mexicano de ascendência libanesa, tem vários negócios de vários ramos, como Grupo Carso, América Móvil e Telmex. No entanto, o magnata também já se aventurou em outros negócios, como a hospitalidade, já que é dono da rede Ostar. Foi no início da década de 1990 quando a Carso comprou os hotéis Calinda, uma marca que estava em queda, devido à disparidade de suas propriedades, com propriedades que tinham grande prestígio e outras de categoria menor.
Na verdade, o hotel Geneve pertence à rede Ostar Group. Este último fez uma grande restauração do hotel que envolveu a reforma de toda a equipe. De caldeiras que trabalham com petróleo, lavanderias de madeira e tubulações de cobre, foi modificado para sistemas modernos. A única regra que tínhamos quando se tratava de restauração era respeitar o estilo clássico europeu que estava disponível desde o início.
O Grupo Carso Inmobiliario adquiriu o Grupo Calinda em 1991, reestruturou a rede e, em 2007, vendeu todos os seus ativos, exceto seis hotéis-âncora da marca Ostar Grupo Hotelero, incluindo Geneve. Desde então, a preocupação do diretor do Grupo, Roberto Slim Seade, tem sido restaurar o edifício à sua aparência original.
Na restauração do hotel, os tons e acabamentos de acordo com o tempo de sua criação foram atendidos, vitrais, pisos de mármore, bem como ferragens originais que são preservadas e dão um conceito absolutamente diferente ao hotel.
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