150 casos de salmonelose ligada ao chocolate Kinder foram relatados em nove países europeus

A bactéria pode causar sintomas como diarréia, febre e cólicas estomacais

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FOTO DE ARCHIVO: Huevos de chocolate Kinder en un supermercado en Islamabad, Pakistán, 18 de julio de 2017.  REUTERS/Caren Firouz
FOTO DE ARCHIVO: Huevos de chocolate Kinder en un supermercado en Islamabad, Pakistán, 18 de julio de 2017. REUTERS/Caren Firouz

Um total de 150 casos de salmonelose foram detetados em nove países europeus, informaram esta terça-feira duas agências europeias, apontando “uma fábrica belga” como responsável, dias após o encerramento de uma fábrica de produção de chocolate Kinder (Ferrero) na Bélgica.

“Em 8 de abril de 2022, 150 casos confirmados e prováveis de salmonelose foram relatados”, disse a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) em comunicado.

As duas agências “identificaram produtos feitos com chocolate por uma empresa em sua fábrica de produção na Bélgica como a fonte do surto epidêmico de salmonelose”, disseram, sem mencionar o grupo italiano.

A maioria das infecções ocorreu em crianças menores de 10 anos em nove países europeus: Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Irlanda, Luxemburgo, Noruega, Holanda e Suécia.

Na sexta-feira passada, a agência federal de segurança alimentar da Bélgica (Afsca) retirou provisoriamente a licença de operação da fábrica da Ferrero em Arlon, província do Luxemburgo, na sequência de casos de salmonelas ligadas aos produtos produzidos naquela fábrica.

De acordo com Afsca, foi confirmado que existe uma ligação entre os envenenamentos e a fábrica da Ferrero em Arlon.

Infobae

Isso se aplica, em particular, aos produtos “Kinder Surprise”, “Kinder Surprise Maxi”, “Kinder Mini Eggs” e “Schoko-bons”.

“É uma medida drástica (...). A partir de hoje, a empresa não pode mais ter nenhuma atividade na cadeia alimentar. Há um recall generalizado dos produtos Kinder e nada mais sairá da Ferrero Arlon”, disse Jean-Sébastien Walhin, porta-voz da Afsca, a emissora de língua francesa RTBF na sexta-feira.

E será esse o caso, acrescentou, “até que a Afsca possa ter provas de que a produção é realizada com total respeito pela saúde do consumidor. Especialmente porque, não esqueçamos, os consumidores aqui são principalmente crianças”.

Também na sexta-feira, a Ferrero reconheceu “ineficiências internas” e um “atraso no recall” de certos produtos fabricados na Arlon.

“A Ferrero reconhece que houve ineficiências internas que criaram atrasos nas retiradas e na troca de informações. Isso teve impacto na velocidade e na eficácia das investigações”, informou o grupo em nota, afirmando que tomará as medidas necessárias “para preservar a confiança do consumidor”.

Salmonella é um tipo de bactéria que pode causar sintomas como diarréia, febre e cólicas estomacais. É uma das infecções transmitidas por alimentos mais comuns.

(Com informações da AFP e da EFE)

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