Enquanto o processo de Revogação de Mandato está sendo realizado, as Comissões Unidas de Pontos Constitucionais e Energéticos de San Lázaro já têm a reserva final que Morena apresentará para a Reforma da Eletricidade de Andrés Manuel López Obrador (AMLO), que já foi interrompida pelo contra-iniciativa proposta pela Coalizão está indo para o México.
Neste domingo, 10 de abril, começou a circular a versão final que será decidida na segunda-feira 11 em comissões, isto para ter a versão que será revista, discutida e votada no plenário da Câmara dos Deputados. Ao analisar o documento, a Infobae México detectou as mudanças que foram implementadas para se reconciliar com os partidos da oposição (PRI, PAN, PRD e MC).
Entre as mudanças que se manifestaram, o acesso à eletricidade é destacado como um direito humano garantido no Artigo 4 da Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos (CPEUM), e a transição energética para fontes renováveis é enfatizada com maior peso.
Os contratos de geração distribuída existentes também são reconhecidos e as condições atuais para novos contratos são mantidas por até 0,5 megawatt. Além disso, as tarifas de eletricidade para iluminação pública, bombeamento de água potável, saneamento e consumo doméstico serão melhoradas.
As mudanças propostas são muito diferentes do texto original enviado pelo presidente López Obrador, que aborda a pressão de Va pelo México. Na segunda-feira 4, Marko Cortés, reeleito presidente do Partido de Ação Nacional (PAN); Alejandro Moreno, líder nacional do Partido Revolucionário Institucional (PRI); e Jesús Zambrano, coordenador do Partido da Revolução Democrática (PRD) apresentaram sua contraproposta, que é baseada em 12 pontos.
A este respeito, Ignacio Mier Velazco, coordenador do grupo parlamentar de Morena na Câmara dos Deputados, disse que a bancada que representa concorda com seis dos 12 pontos promovidos pelos líderes da coalizão Va por México em matéria de energia.
Da mesma forma, a Reforma da Eletricidade reafirmou sua intenção de manter a soberania do Estado sobre o lítio, isso porque Va por México sugeriu que o uso desse mineral seguisse as regras do petróleo, ou seja, seriam estabelecidas rodadas para exploração e extração desse recurso.
Em contraste, a proposta da AMLO é mais determinada: “Nenhuma concessão será concedida sobre o lítio e os minerais estratégicos necessários, com exceção das concessões de mineração já concedidas nas quais há um histórico de exploração de lítio devidamente endossado pelo Ministério da Economia”.
Sob essa lógica, a reforma da AMLO afirma que a nação é exclusivamente responsável pela área estratégica da eletricidade, que consiste em gerar, conduzir, transformar, distribuir e fornecer eletricidade aos cidadãos. “A Nação deve tirar proveito dos ativos e recursos naturais necessários para esses fins.”
Recorde-se que essas mudanças foram implementadas pelos partidos promotores do 4º trimestre (Morena, PT, PVEM) em virtude da tentativa de convencer as bancadas rivais a votarem a favor da iniciativa, isto porque o PRI, que não havia definido uma posição, anunciou na segunda-feira que votaria contra a reforma, de modo a mudança na votação.
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