Patricia Chirinos, deputada do Avanza Pais, não hesitou em denunciar constitucionalmente o presidente Pedro Castillo por aprovar um toque de recolher em Lima e Callao na terça-feira, 5 de abril.
De acordo com o documento apresentado pelo legislador, esta decisão de Castillo Terrones violou seu dever de respeitar o Estado de direito e a Constituição, conforme estabelecido pelo Tribunal Constitucional (TC).
Nessa linha, indicou que o presidente adotou “medidas desproporcionais” que acabaram por “afetar direitos fundamentais, protegidos pela dicotomia de qual princípio deveria prevalecer, o de autoridade ou liberdade”.
A denúncia também questionou o fato de nunca ter sido publicada a revogação do Decreto Supremo 034-2022-PCM, que permaneceu em vigor ao longo de 5 de abril, “impedindo a liberdade de circulação e reunião da população e o exercício de seus direitos fundamentais”.
“Por fim, é preciso levar em conta que essa medida totalmente arbitrária, discricionária e desproporcional é agravada pelo fato de, até o momento, a motivação para isso não ter sido tornada pública”, disse.
“Isso é particularmente importante nesta situação, pois quando o Estado pretende limitar a liberdade dos cidadãos, a decisão deve ser devidamente motivada e fundamentada, ou seja, fornecer uma explicação clara e razoável”, acrescentou.
Antes de concluir com o documento, Chirinos questionou Pedro Castillo após a morte de seis pessoas, o que resultou na greve dos transportadores, pela qual o acusou de violação dos direitos fundamentais, do dever de estar ao serviço da nação e dos deveres primários do Estado.
PATRICIA CHIRINOS CONTRA ANÍBAL TORRES
A terceira vice-presidente do Congresso da República, Patricia Chirinos, falou sobre as declarações do primeiro-ministro Aníbal Torres, que citou Adolf Hitler como um exemplo de desenvolvimento econômico e crescimento.
Durante declarações à imprensa, a deputada não hesitou em criticar o primeiro-ministro após essas declarações que geraram grande polêmica.
“Acho que aquele homem teria que ir ao médico porque não são expressões normais no momento, com o que está acontecendo no país. Parece mais uma piada de muito mau gosto e acho que são expressões totalmente irresponsáveis vindas do premier”, disse o parlamentar.
Como é lembrado, durante a sessão do Conselho de Ministros Descentralizado na cidade de Huancayo, o chefe do PCM nomeou o ditador Adolf Hitler como um exemplo de crescimento econômico e grande líder da Alemanha.
“Itália, Alemanha eram como nós, mas uma vez que Adolf Hitler visita o norte da Itália e (Benito) Mussolini mostra-lhe uma auto-estrada construída de Milão para Brescia, Hitler viu isso, foi para o seu país e encheu-o de auto-estradas, aeroportos. Fez da Alemanha a primeira potência econômica do mundo”, disse.
Após a onda de críticas que o premier recebeu, ele disse que se sente calmo porque não se apega ao cargo ou ao poder.
“Não tenho medo de nada, porque não estou agarrado ao trabalho e aprendi na minha vida como sobreviver com meu trabalho, meu estudo e não implorar por empregos como os outros”, disse Torres.
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