O presidente da Agência Uruguaia de Acreditação (OUA), Washington Corallo, fez um post no Twitter onde compartilhou uma tabela mostrando o risco do país das economias latino-americanas do JP Morgan Chase, que fez um gráfico comparativo em ordem do maior para o menor.
Na imagem, o Uruguai aparece no final da lista, o que significa que é o país com o menor risco econômico da região. Desde 30 de março de 2022, tem 125 pontos base, superando o resto das economias latino-americanas. Como o menor risco é medido pelos valores mais baixos, o Uruguai também superou a média regional, com 381 pontos, e a média mundial, com 382 pontos.
O indicador refere-se aos riscos inerentes aos investimentos e financiamentos de cada país, em oposição a outros. Sob o nome oficial de EMBI (Emerging Market Bond Index), é um dos principais indicadores de risco do país em todo o mundo, calculado especificamente pelo JP Morgan Chase.
Ele mede a diferença entre a taxa de juros paga pelos títulos do Tesouro dos EUA e os títulos emitidos por um país. Em outras palavras, é a “sobretaxa” que você paga por um título nos Estados Unidos.
Com um baixo risco para o país, “é mais fácil atrair investimentos estrangeiros” e “gerar mais e melhores empregos”, disse Corallo. Profissionais uruguaios também estimam que a pontuação continuará caindo devido ao resultado do referendo em que ganharam o voto “Não” para revogar 135 artigos da Lei de Consideração Urgente, a lei emblemática do presidente uruguaio Lacalle Pou.
Desta forma, ganha-se o pódio dos países com economias de baixo risco na região, além do Uruguai, Chile com 157 pontos base e Panamá com 175 pontos base. Do outro lado do gráfico, há países com um risco muito alto, como a Argentina, com um risco nacional de 1.729 pontos, e El Salvador, com 1.771. O último lugar é a Venezuela, que ultrapassa 37 milhões de pontos e se torna o pior país para investir por causa de seu risco de retorno.
A classificação latino-americana é completada por Honduras, com 461; Bolívia, com 438; Costa Rica, com 427; República Dominicana, com 398; México, com 344, Colômbia, com 329; Brasil, com 277; Guatemala, com 260; Paraguai, com 238, e Perú, com 194.
De acordo com outros indicadores, como o boletim da Bolsa de Valores Eletrônica, em 7 de abril, o índice de risco do país caiu dois pontos base, saindo no encerramento das operações em 99 pontos.
Por outro lado, já em fevereiro de 2022, o Uruguai havia deslocado o Chile, tornando-se o país mais seguro em termos de dívida na região. A melhoria veio “graças às novas medidas fiscais”, disse La Tercera. O Credit Default Swap (CDS, seguro contra inadimplência) deu ao Uruguai 77,57 pontos, indicando que o país continuou sua tendência de queda desde o início daquele mês. Começou fevereiro com 106 pontos e, ao final, ficou em primeiro lugar no ranking.
Dentro dos indicadores dessa data, o EMBI também aparece. Naquele mês, ele instalou o Uruguai como líder com 136 pontos, 33 a menos que o Chile, que ficou em 169 pontos. Ambos os países pontuaram melhor que a média regional, que foi de 406 pontos.
A mudança no Uruguai “ocorre no meio de um processo de consolidação fiscal e de melhoria de todas as instituições fiscais realizado pelo governo do presidente Luis Lacalle”, disse o jornal chileno. Além disso, lembrou que em dezembro a agência Fitch melhorou a perspectiva de rating de crédito do Uruguai de “negativa” para “estável”, mantendo o rating em “BBB-”.
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