Mario Sáenz reagiu à sentença de 45 anos de Victoria Salas por feminicídio: “Estado fabrica culpados”

Além disso, o Ministério Público da Cidade do México informou que o ex-atleta terá que pagar uma grande quantia como reparação pelos danos

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Mario Sáenz, skatista, foi condenado a mais de quatro décadas de prisão por considerá-lo culpado do feminicídio de Victoria Salas, que foi encontrada em seu quarto de hotel em 2017.

Por meio da Procuradoria Geral de Justiça da Cidade do México (FGJCDMX), foi anunciado que as provas apresentadas pelo Ministério Público, ao longo de mais de 40 dias processuais, permitiram que um Tribunal de Justiça pronunciasse sentença contra Saenz.

No total, deram no máximo 45 anos de prisão para o homem criminalmente responsável pelo crime de feminicídio agravado, ocorrido em setembro de 2017, na prefeitura de Tlalpan.

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A acusação contra o indivíduo foi reforçada pelo agente do Ministério Público, anexado à Procuradoria Adjunta do Ministério Público Adjunto, portanto, o ex-atleta permanecerá na Prisão Preventiva Masculina do Sul e deverá pagar pela reparação dos danos.

A mídia local informou após a última das audiências que essa quantia a ser liquidada é de 485.000 pesos a favor das vítimas indiretas do feminicídio de Victoria Salas.

Na pasta de investigação foi estabelecido que o agora condenado atacou a vítima com uma arma afiada; mais tarde, ele deixou o corpo no banheiro do quarto onde estavam os dois.

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Por meio das redes sociais oficiais de Mario Sáenz, especificamente no Instagram, a família e o defensor do skate alegaram que ele “recebeu uma sentença errônea por um crime que não cometeu”.

Além disso, acusaram o Estado e as autoridades correspondentes de “defender feminicídios” e “fazer culpados”, entre os quais se destaca a ex-atleta, “enquanto o verdadeiro feminicídio permanece livre. “Essa sentença não é justiça”, enfatizaram.

“Hoje é Mario Saenz quem está pagando por um crime que não cometeu, mas amanhã pode ser você quem poderia ser destacado sem prova de um crime que não cometeu, condenado com falsas acusações em um país que protege feminicídios e acredita em falsos culpados”, escreveram dias antes em seu social redes.

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Entre as evidências que eles teriam dado às autoridades estão testes de DNA, testes de geolocalização, bem como vídeos em áreas-chave antes e depois do assassinato, além de testemunhas que apontam o oposto da sentença.

“Essa sentença não é justiça. Continuaremos a lutar pela sua liberdade, Mario”, escreveram, deixando em aberto a possibilidade de buscar uma maneira urgente de revertê-la, como um apelo imediato à sentença.

Victoria Salas foi encontrada em seu quarto de hotel em Tlalpan conhecido como Novo Coapa, sob o chuveiro e sua garganta cortada. O primeiro suspeito foi Mario Sáenz, seu namorado e renomado skate CDMX.

Victoria começou as comemorações de seu aniversário com Mario, de acordo com o que sua mãe disse à mídia. Juntos, eles foram para Cocoyoc, no estado de Morelos, e retornaram ao CDMX, como ele disse à mãe em mensagens de texto.

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Mario foi o primeiro suspeito, e até foi preso no velório de Victoria Salas, mas foi libertado. Alegadamente, de acordo com as evidências que ele forneceu, no dia do feminicídio ele estava com um amigo, ele teve quatro pneus arrancados e até foi registrar uma queixa.

Mario ficou foragido por cerca de um ano e meio depois disso, até que em 30 de março de 2019, ele se rendeu voluntariamente às autoridades da capital, que cumpriram o mandado de prisão e o transferiram para a Prisão do Norte.

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