As tropas russas continuam seus ataques na região de Donetsk, bem como em Mariupol e Kharkov, chegando ao 47º dia desde o início da invasão da Ucrânia, na qual 183 menores morreram, de acordo com fontes ucranianas.
A região de Khakriv, no leste da Ucrânia e uma das mais atingidas pelo exército russo, foi bombardeada 66 vezes nas últimas 24 horas em ataques que resultaram em pelo menos onze mortes e catorze feridos.
Isso foi relatado pelo chefe da Administração Militar Regional, Oleh Syniehubov, em sua conta do Telegram, acrescentando que os ataques incluíram bombardeios com artilharia russa, morteiros e vários lançadores de foguetes.
“As equipes de resgate tiveram que extinguir incêndios em casas, armazéns e outras instalações de infraestrutura civil. No bombardeio das tropas russas, 11 civis foram mortos (incluindo um menino de sete anos) e outros 14 ficaram feridos”, confirmou Syniehubov.
Ao mesmo tempo, a Rússia continua sua ofensiva na região de Donestk e na cidade de Mariupol, além de criar um “grupo ofensivo de tropas” na região do Dnipro, de acordo com a última parte do Alto Comando do Exército Ucraniano no início do 47º dia da invasão russa da Ucrânia.
“O inimigo continua a criar um grupo ofensivo de tropas para agir na direção de Slobozhansky (região do Dnipro) e “provavelmente nos próximos dias os ocupantes tentarão retomar a ofensiva”, diz a última parte do Exército ucraniano.
Na direção de Donetsk, a Rússia continua a se concentrar em assumir o controle dos assentamentos de Popasna, Rubizhne, Nyzhne e Novobahmutivka, bem como em estabelecer o controle total sobre a cidade de Mariupol, onde, “com o apoio da artilharia e da aviação, os ocupantes continuam a invadir as áreas do Usina Azovstal e o porto marítimo”.
Nas últimas 24 horas, os defensores ucranianos repeliram quatro ataques russos nas regiões de Donetsk e Lugansk, destruindo cinco tanques, oito unidades blindadas, seis veículos e oito sistemas de artilharia inimigos, segundo a parte do Exército ucraniano.
De acordo com o último relatório do Instituto para o Estudo da Guerra (EUA), as forças russas ganharam terreno na cidade de Mariupol nas últimas 24 horas. Mariupol, de acordo com este instituto, é dividido em dois; o centro da cidade, em mãos russas, e o principal porto de Mariupol, no sudoeste, e a usina siderúrgica Azovstal no leste, que permanecem em mãos ucranianas.
Na segunda-feira, as Forças Armadas russas afirmaram ter destruído equipamentos e instalações militares ucranianas, principalmente no leste e sul do país no último dia, onde agora estão focando a ofensiva iniciada há 47 dias.
O porta-voz do Ministério da Defesa Igor Konashenkov observou em sua parte militar matinal que, durante a noite, mísseis de alta precisão lançados do ar perto da cidade de Velyka Novosilka, na região de Donetsk, destruíram a base para a reparação de armas e equipamentos militares do ucraniano forças de defesa aérea.
Pelo menos 183 crianças morreram e 342 ficaram feridas na Ucrânia desde que a invasão russa ao país começou em 24 de fevereiro, de acordo com dados atualizados divulgados na segunda-feira pela Comissária para os Direitos Humanos do parlamento, Liudmyla Denisova.
No entanto, atualmente é impossível determinar o número real de menores que foram vítimas de guerra, já que as tropas russas realizam ataques contínuos e ações hostis dentro das cidades ucranianas. Até agora, a maioria das vítimas ocorreu nas regiões de Donetsk (110), Kiev (98), Kharkov (76), Chernigov (54), Mykolaiv (40), Luhansk (35), Zaporiyia (22) e Kherson (29).
As agências de aplicação da lei ucranianas estão a tentar reunir provas das atrocidades perpetradas pelas tropas russas enquanto ocupavam a cidade de Buzova, perto de Kiev, explicou segunda-feira Anton Gerashchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano.
De acordo com o conselheiro ministerial em sua conta do Telegram, uma vala comum foi encontrada na aldeia de Buzova com os corpos de civis ucranianos.
O político não especificou, no entanto, o local onde o túmulo está localizado ou o possível número de pessoas enterradas lá.
A este respeito, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, disse que o A Twenty-Seven abordará como dar mais apoio ao povo ucraniano, bem como ao Tribunal Penal Internacional (TPI), para o qual se reuniu com seu procurador-geral, Karim Khan. “Vamos dar todo o apoio que pudermos para ambos os promotores, o do TPI e o da Ucrânia”, disse.
(Com informações da EFE)
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