Este 9 de abril encerrou o período de comentários sobre um projeto de resolução do Ministério dos Transportes que visa tornar o processo de emissão de cartas de condução no país mais rigoroso. O documento regula testes técnicos e teóricos para avaliar a adequação, experiência e conhecimento dos motoristas, bem como diferencia entre especialistas e novatos.
Os regulamentos baseiam-se no fato de que dirigir não é um direito, mas um privilégio (conforme estabelecido pelo Tribunal Constitucional na Sentença C-468 de 2011), para que nem todos possam exercer esse cargo. Bem como a análise da Agência Nacional de Segurança Rodoviária, que estabeleceu a necessidade de implementar esquemas de avaliação graduais ou escalonados para obter a licença.
Este último, especialmente em jovens de 16 e 17 anos que começam a dirigir veículos sem ter desenvolvido completamente a percepção de risco para decisões de direção, ou novatos. Por esse motivo, o processo na Colômbia, se os regulamentos forem adotados, poderia ser equiparado aos sistemas de avaliação usados no mundo.
Essa ideia está em torno do Ministério dos Transportes, conforme explica o jornal El Tiempo, há pelo menos uma década, e para ser aprovada ainda precisa cumprir vários processos, como a criação dos Centros de Apoio à Avaliação Logística - CALE, que são os órgãos que realizarão os testes de adequação ao volante.
Esses centros seriam divididos em Classe I, II e III, correspondendo, por sua vez, ao nível de licenças que teriam a possibilidade de avaliar a partir dos níveis iniciais A1, A2, B1 e C1, seguindo B2 e C2, bem como os de B3 e C3.
Assim, o projeto de resolução estipula que aqueles que aspiram a obter uma carteira de motorista pela primeira vez ou aqueles que precisam renovar o documento, devem ir ao CALE para apresentar um exame teórico e dois testes práticos que serão necessários para passar para iniciar o processo de emissão o “passe”.
Para fazer o exame, o candidato deve estar registrado no RUNT com um certificado de coordenação física, mental e motora para dirigir emitido por um Centro de Reconhecimento de Motoristas, bem como o certificado de aptidão para dirigir emitido por um Centro de Treinamento Automóvel, de acordo com a categoria.
Em outras palavras, não será mais suficiente que você tenha feito um curso de direção, mas terá que provar o que aprendeu na CALE para obter uma licença. Existem muitas críticas e questões que surgiram em torno dessas academias e o nível de conhecimento das pessoas que se formam como motoristas.
O teste teórico seria virtual e em grupos. Será composto por quarenta (40) questões, das quais doze (12) são sobre atitudes e vinte e oito (28) são dos núcleos temáticos do processo de formação: I. Mobilidade segura e sustentável com dez (10) questões. II. Regras de trânsito com seis (6) perguntas. III. Sinalização rodoviária e infraestrutura rodoviária com seis (6) perguntas. IV. O veículo com seis (6) perguntas.
O candidato deve passar 80% das perguntas para “passar” no teste; ele pode repeti-lo nas próximas 10 sem nenhum custo adicional. Se você passar, poderá fazer o exame prático, que consistirá em dois testes.
Um teste de habilidade individual, no qual as habilidades do candidato para manobrar um veículo motorizado que será realizado em uma pista fechada são avaliadas. Em seguida, você terá que fazer o teste de manobras em vias públicas, o que visa corroborar as habilidades do candidato de interagir com outros atores da estrada ao dirigir o veículo em vias públicas.
De acordo com a revista Motor, os motoristas novatos terão restrições na direção. Eles receberão uma licença correspondente no nível básico e A1 (no caso de motocicletas), com a qual não poderão transportar acompanhante ou trânsito entre 22h e 5h.
Quanto às licenças de carro, os novatos receberão a categoria B1 e devem dirigir com um acompanhante com mais de 18 anos e que tenha um nível completo de licença de adequação (B2 em diante). Após seis meses de emissão do documento, os motoristas poderão acessar uma recategorização, apresentando o teste correspondente ao próximo nível a um dos CALEs, que, no rascunho do projeto, exige novos custos.
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